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Rodrigo Limeira

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Porque as chuvas estão mais isoladas no mês de março?

14/03/2018 às 10h23

Estudioso explica porque as chuvas estão mais isoladas no mês de março no semiárido

As condições oceânicas observadas no final de fevereiro, mudaram rapidamente na entrada do mês de março, afirma o físico, meteorologista e mestre em Meteorologia Rodrigo Cézar Limeira.

O fenômeno de “Dipolo do Atlântico”, indicando condições favoráveis a excesso de chuvas no semiárido paraibano desapareceu no início de março. Essa condição oceânica que perdurou de forma bem clara entre aproximadamente os dias 16 e 27 de fevereiro, se baseava no resfriamento considerável de uma grande área sobre o Atlântico Norte, e no intenso aquecimento do Atlântico Sul na altura da costa leste do Nordeste, com isso, mesmo que de forma irregular, ocorreram chuvas consideráveis em várias localidades do interior do Estado.

No início de março, de acordo com a última atualização do campo de anomalias de TSM (Temperatura da Superfície do Mar) da NOAA, presente aqui mesmo no portal Ciência em Foco, o Atlântico Sul na costa leste do Nordeste se apresentou mais frio, e o Atlântico Norte mais quente, com isso o escoamento de umidade do Atlântico Sul diminuiu, dessa forma passou a chover de forma mais esparsa e mais isolada sobre o semiárido da Paraíba, afirma o estudioso.

O pesquisador Rodrigo Cézar Limeira pontua março como mês de chuvas irregulares no interior do Estado, como já vinha afirmando desde o início de janeiro, mesmo com a perspectivas de boas chuvas que devem ocorrer nos próximos meses.

O estudioso ainda explica que pode chover de normal a acima da média no interior do Estado em determinado ano, mas ocorrendo dentro do período chuvoso as populares chuvas de manga, ou seja, chove em uma cidade, e em outra bem próxima não chove e assim por diante.

Esse tipo de precipitação foi prevista ocorrer com frequência pelo pesquisador nos meses de janeiro, fevereiro e também no mês de março.

As “chuvas de manga” são resultado de condições oceânicas não muito boas, mas essas condições podem mudar ainda no final desse mês.

Com período chuvoso irregular, o pesquisador reafirma a continuidade da crise hídrica na maioria dos grandes açudes do semiárido do Estado da Paraíba, com enchimento de barreiros em muitas localidades e reafirma perspectiva de boas chuvas entre os meses de março, abril e maio. A CRISE HÍDRICA NA MAIORIA DOS GRANDES AÇUDES DO SEMIÁRIDO VAI CONTINUAR DEVIDO A IRREGULARIDADE DO PERÍODO CHUVOSO, POIS AS RECARGAS DA MAIORIA DOS MANANCIAIS SERÃO PEQUENAS ESSE ANO, PONTUA.

Portal Ciência em Foco


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Rodrigo Limeira

Rodrigo Limeira

Rodrigo Cézar Limeira
Formado em Física pela Faculdade Chaffic – São Paulo/SP – 2012;
Formado em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2006;
Mestre em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2008;
Físico do NEPEN (Núcleo de Estudos e Pesquisas do Nordeste) de Julho de 2012 à Março de 2015, Editor do Portal Ciência em Foco: (www.cienciaemfoco.com) e Consultor de Clima da Empresa Federal Energia desde Dezembro de 2015.

Rodrigo Limeira

Rodrigo Limeira

Rodrigo Cézar Limeira
Formado em Física pela Faculdade Chaffic – São Paulo/SP – 2012;
Formado em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2006;
Mestre em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2008;
Físico do NEPEN (Núcleo de Estudos e Pesquisas do Nordeste) de Julho de 2012 à Março de 2015, Editor do Portal Ciência em Foco: (www.cienciaemfoco.com) e Consultor de Clima da Empresa Federal Energia desde Dezembro de 2015.

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