Por um natal de amor e sem luxuosidade

Coluna de Aparecida Cardoso - imagem ilustrativa/reprodução - internet

Por Aparecida Cardoso

Com a chegada do período natalino, é muito comum surgirem as inúmeras postagens nas redes sociais, as quais tem o intuito de apresentar ao público as mesas fartas, ceias luxuosas e tudo quanto é simbologia que se refere a esse momento tradicional: ornamentações, famílias reunidas, confraternizações, etc. É o momento de se tirar do armário aquela porcelana nova que estava guardada apenas para ocasiões importantes.

Há algum erro agir assim? Não há erro algum comemorar da maneira que se almeja, porém que não esqueçamos de voltar nossa mente e nosso coração ao verdadeiro motivo de celebrar o natal, pois como muitos falam, natal é tempo de alegria, de simplicidade, de humildade e de amor. Mas, que amor é esse que não nos deixa refletir um pouco sobre o fato de muitos não terem uma família, um teto ou mesmo o que comer?

As ações humanas parecem se distanciar da verdadeira narrativa do nascimento de Jesus que, segundo o Livro Sagrado, havia Uma Mulher Grávida, Maria, que não tinha sequer onde se hospedar para ter Seu Filho, o Salvador, que viria ao mundo para nos livrar do pecado, nos ensinar a perdoar, partilhar e amar ao próximo como a nós mesmos.

A verdadeira história nos remete a percepção de que somos todos irmãos e que ninguém deveria pensar que é superior por possuir bens materiais, poderes ou até mesmo ter uma cor diferenciada.

Penso que o natal não deveria ser de luxo, ostentação e sim de partilha, harmonia, humildade e acima de tudo de amor. Sim, de amor. Aquele amor que nos faz verdadeiramente cristãos. Que no natal possamos agir sem ostentação e sim com o coração.

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Aparecida Cardoso

Aparecida Cardoso é graduada em Letras pela UFCG; especialista em Língua, Linguagem e Ensino – ISEC; mestra em Letras – UFCG; professora da Rede Estadual de Ensino da Paraíba; escritora e poetisa.

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