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Radomécio Leite

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Pastoreando o rebanho

11/11/2008 às 21h04

O maior e grave erro de Edme Tavares de Albuquerque, ilustre político cajazeirense, em cuja caminhada, por quase vinte anos foi servindo ao seu povo, detentor de vários mandatos parlamentares, foi o de ter abandonado a vida pública depois da derrota quando tentava a reeleição para a Câmara Federal, em 1990.

Creio, que por menor que seja o rebanho, jamais deveremos abandonar o seu pastoreio, mesmo quando os mananciais secarem, até mesmo quando as gotas de esperança deixar de aparecer e as pedras do caminho continuem a ferir os nossos pés. Uma derrota não é motivo para esmorecer a coragem.

A vida não é construída somente para as grandes vitórias, mas em função das grandes lutas e nada é mais significativo do que depois de uma derrota conquistar-se outras vitórias. Mas, infelizmente Edme nos deixou órfão. Até hoje não consegui entender este gesto extremo da ausência, do abandono à época do seu mais precioso patrimônio: a admiração, o respeito e o carinho que o povo desta terra dedicava ao mesmo. A orfandade continua até hoje. Edme ainda faz falta.

A vocação pública de um homem não pode deixar quedar-se diante do resultado das urnas que expressam a vontade soberana de um povo, naquele momento. A história não se faz com se, mas "se" Edme tivesse continuado pastoreando o seu rebanho, outras vitórias, com certeza, teria alcançado.

Hoje, na história política de Cajazeiras estamos vivendo os últimos dias da administração do prefeito Carlos Antonio. A vontade das urnas não conduziu o seu candidato a prefeito a continuar sentando na cadeira que ocupou durante oito anos. Amargou uma derrota. Aos poucos vai entendendo que já é tempo de perdoar e começar a construir os caminhos da volta.

Estaria Carlos Antonio com um grande dilema? Assumiria alguma função no governo de Cássio Cunha Lima ou continuaria pastoreando de perto o seu rebanho nas terras cajazeirenses? Em conversas com pessoas de sua estima e com laços de amizades mais fortes e sinceras, tanto ele como sua esposa estariam vivendo este dilema, até porque necessitam exercer suas profissões e encaminhar alguns projetos na iniciativa privada.

Mas o fato mais importante, a partir do dia 1º de janeiro é que Carlos Antonio, motivado por este insucesso eleitoral, não abandone, a exemplo de Edme Tavares, os milhares de eleitores e todo o patrimônio eleitoral que soube construir junto a uma grande parcela do povo de Cajazeiras. Vai ser a voz da oposição. Com o conhecimento que adquiriu ao longo destes oito anos de mandato, deve ter aprendido muito sobre gestão e ação pública e poderá dar uma grande contribuição ao fazer uma oposição séria e responsável na construção de uma cidade que nos orgulhamos de morar e dizer que somos dela filho.

Nestor Rolim
O cajazeirense Nestor Rolim, residente no Rio de Janeiro, me enviou vários livros para o acervo do Instituto Histórico de Cajazeiras, dentre eles um raro exemplar: "Memórias de Zé Norte", editado em 1985, no Rio de Janeiro. Alfredo Ricardo do Nascimento (Zé do Norte) nasceu em Cajazeiras, no dia 18 de dezembro de 1908 e este ano vamos celebrar o centenário de seu nascimento. Agradecemos a Nestor, pela oferta e também pelos brindes da cidade de Fátima, em Portugal, onde reservei um lugar especial em minha casa para expor.

João Mendes da Cunha
Costuma-se dizer que a vida é feita de encontros e desencontros, mas a minha e a de João Mendes da Cunha tem sido só de desencontros. Já por três vezes ele esteve em Cajazeiras e não nos encontramos. No último dia 02 de novembro esteve no GAZETA e me deixou um belo presente: "O Livro dos Acrósticos", em sua nova edição, de outubro de 2008. Pelo telefone, o intimei para quando descer a Serra da Borborema avisar-me com antecedência par a eu poder recebê-lo na entrada da cidade com uma banda de música e saúda-lo como o maior poeta vivo da terra cajazeirense.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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