Para aonde vai o mundo?
Por José Antonio – Como professor de História, passei 40 anos na sala de aula e aprendi dos meus mestres, na Universidade Católica de Pernambuco, no final de década de sessenta, que conhecendo o passado e o presente era possível prever o futuro. Mais recentemente estamos observando um mundo muito complicado, que talvez, não possamos mais aplicar o que aprendemos/ensinamos na sala de aula do passado.
O mundo avança numa celeridade que não estamos conseguindo acompanhar, principalmente depois do advento da internet. Quando eu estudava no Recife (1967/71) para eu receber as mesadas enviadas por meu pai era uma complicação, hoje em questão de segundos, via PIX, tudo está resolvido. A mesma coisa acontecia com as comunicações: por telefone eram difíceis. Mais complicado ainda quando via correios e telégrafos. Lembro de uma grata surpresa que tive com a chegada de meus pais, numa pensão onde morava, na Rua da Imperatriz, no Recife e o objetivo da viagem era para minha mãe matar as saudades do filho que não via há cinco meses. Hoje basta uma chamada de vídeo, via watshap e as saudades diminuem e os papos ficam em dia.
E o mundo está cada vez mais complicado e os analistas têm dificuldades em explicar, por exemplo, sobre o que significa, principalmente depois dos resultados da eleição européia, que para muitos, nunca houve um avanço tão forte desse momento desde o final da Segunda Guerra Mundial, à direita.
No fim de semana, a extrema direita venceu na França, Itália e Áustria, além de chegar em segundo lugar na Alemanha e vários outros países.
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O mundo tá muito estranho e temos uma forma muito complicada da organização do poder. Na minha “santa ignorância” eu não consigo entender as ameaças e os conflitos abertos que estão aí, principalmente o da Ucrânia/Rússia e o da Faixa de Gaza Hamas/Israel, além do conflito Azerbaijão x Armênia em Nagorno-Karabakh, Guerra da Síria e Guerra civil no Iêmen. Imaginemos o custo destas guerras e o número de mortos. São incalculáveis. O mundo está cada vez mais confuso. Tudo leva a crer que a indústria bélica tem muito mais valor que os milhares de vidas.
As relações comerciais estão cada vez mais confusas. A China toma conta do mundo. A impressora que imprime este jornal custa o dobro do preço de uma similar fabricada na China, mesmo com todos os impostos aplicados. Como resolver esta questão?
A situação do Brasil, diante de seus gigantescos problemas internos, tem sido um desafio com o qual as estruturas políticas têm imensas dificuldades de lidar e trabalhar, basta observar o que vem acontecendo no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal, isto sem levarmos em conta a preponderância cada vez maior das milícias crescendo por dentro das estruturas do tráfico de drogas, funcionando como uma estrutura paralela ao Estado e agindo inclusive cada vez mais de forma semi-oficial em todos os setores do mercado, principalmente no imobiliário e no avanço da conquista do poder através de eleições de seus “representantes”.
Diante do que acontece no mundo, hoje totalmente sem fronteiras, vejo um retrato do Brasil com grandes desafios a vencer e vai ter muitas dificuldades para acabar com os grotões de miséria que nele existe e com um agravante, que acredito vai ser muito mais complicado para debelar da política deste imenso e rico país, que é a corrupção.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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