Pacto pelo Desenvolvimento Social e a Educação
O governador Ricardo Coutinho lançou nesta terça-feira (14), o Pacto pelo Desenvolvimento Social e o Programa SOMA – Pacto pela aprendizagem na Paraíba. Na solenidade, realizada no Espaço Cultural, na capital do estado, aconteceu também a assinatura do Termo de Adesão do Programa das Nações Unidas (Pnud).
Nesta edição de 2017, o governo do estado vai disponibilizar recursos da ordem de 73 milhões de reais para as prefeituras que queiram investir em educação, para adquirir 150 ônibus escolares, 100 laboratórios de informática com um total de 1.800 computadores, sendo 18 para cada laboratório e 65 mil carteiras escolares.
É indiscutível o esforço que o governo da Paraíba vem realizando para obter melhores índices nas avaliações, através da melhoria da qualidade das escolas, principalmente os índices negativos que vêm sendo constatados.
O Programa SOMA – que é também um Pacto pela Aprendizagem, tem como objetivo fortalecer a educação, principalmente no processo de alfabetização, dentro das séries iniciais do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental, para capacitar os professores envolvidos.
É no aspecto de capacitar professores para as séries iniciais que reside o maior gargalo de nossa educação e talvez seja a causa principal do grande número ainda de analfabetos em várias regiões do estado.
O problema, talvez esteja na formação destes profissionais, porque acredito que esta seja a linha central que deveria ter prioridade, não só através de sua capacitação, mas também nas condições e nos ambientes de trabalho, além da oferta de materiais didático-pedagógicos, principalmente de Português e Matemática com cadernos para alunos e professores.
No processo ensino-aprendizagem se faz necessário um sistema de avaliação no mínimo bimestral, incluindo aí o trabalho dos gestores escolares. A importância dos gestores neste processo é fundamental e todos sabem que quando a direção falha e se torna inoperante cai também o fortalecimento do projeto e os índices desabam.
Um fato que merece reflexão é a diminuição do número de alunos que vêm sendo matriculados na rede pública de educação. Por quê? Mesmo diante da profunda crise econômica que vivenciamos, muitas famílias tem preferido, mesmo com sacrifícios, matricular seus filhos em escolas particulares.
Este descrédito na escola pública merece um estudo mais profundo e uma atenção maior, principalmente dos gestores municipais, com relação a este fato.
Outro fato que merece uma análise é o de que grande parte das escolas de nossa periferia, aonde se encontra a maioria absoluta das famílias em risco social, tem tido muitas dificuldades em manter os filhos na escola e só o faz por causa do Programa Federal Bolsa Família. Existe um conjunto de outros fatores que impedem a melhoria dos índices educacionais e que precisam ser pesquisados e ao se constatar quais, começar a trabalhar para debelá-los.
Precisamos urgentemente sim brigar pela educação para a liberdade e que dá sentido às relações humanas, mobilizando para os caminhos de acesso ao conhecimento, associada a cultura, cultura essa, usada nas lutas, para que tenhamos uma vida melhor e mais digna.
Só a educação liberta e abre os caminhos da vida.
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