Os povos originários e os projetos de Brasil
Por: Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira – Uma das personalidades que eu sempre admirei durante toda a minha vida e sempre me guiou sobre os mais variados temas, foi o Grande Darci Ribeiro, uma pessoa que eu considero uma das pessoas mais lúcidas de nossa história recente. Há pouco eu publiquei um depoimento dele, que o grande autor do livro “O povo brasileiro”, que eu sempre li quase como uma bíblia e tráz uma diferenciação dos brasis Superior a Gilberto Freyre, em que afirmava que o Brasil sempre ficou a mercê de projetos que não eram os do Brasil, o Pau de tinta, trocado por ferramentas e belas índias para os portugueses, o açúcar para adoçar a boca dos europeus, o ouro para manter a corte portuguesa viável, e para, por intermédio do comércio com a Inglaterra, financiar a Revolução Industrial, e por aí ele faz uma dissertação. Depois vejo uma “originária” de Pernambuco reivindicando as terras que nós descendentes dos europeus tomamos dos povos indígenas.
Então estudando mais um pouco e vendo outros depoimentos, me deparei com outra visão diferente, trazida pelos próprios representantes dos povos originários. Uma índia Yanomami, que reivindicava saneamento, energia, e outras coisas que qualquer cidadão brasileiro tinha direito, mas eles não podiam ter “para preservarem a cultura originária”. E eu me vi no seguinte dilema: Os povos originários tinham algum projeto de Brasil? Como se comportavam esses chamados povos originários?
Na realidade, quando os portugueses chegaram à costa brasileira, existiam muitas tribos, mas nenhuma tinha a menor organização de o que fosse um estado, como eram os Incas, Astecas ou Maias, eram tribos muito primitivas em que não havia alfabeto ou qualquer tipo de escrita, se praticava o canibalismo, o infanticídio entre outros costumes que hoje são rejeitados e condenados para nós, os “não originários”. Essas Tribos viviam em guerra umas com as outras permanentemente. Com os portugueses e jesuítas foram introduzidas a metalurgia, a carpintaria, a escrita, o cristianismo, uma religião muito mais avançada do que a os xamãs e pajés da época, e se teve uma administração. Colonial, é verdade, de exploração, também é verdade, mas foi trazido para o Brasil, com todas as suas mazelas, um tipo de civilização mais avançada que a da idade da pedra que existia no Brasil, o que foi na minha opinião, mais benéfico em se comparando as “civilizações originárias”, se é que se poderia chamar esse tipo de modo de viver de civilização. Hoje fazem com que os povos em favor de uma suposta cultura que deixa de lado muitas das conquistas que foram produzidas ao longo dos séculos. Basta ver a matemática dos índios mais adiantados da época do descobrimento, os Tupis, era até três. os Yanomami essa vai até dois, mais que isso tinha um nome: muitos. E se promovia o infanticídio das meninas recém nascidas, e sem condições de higiene modernas. Ouso perguntar: Isso é projeto de Brasil? Seria o caso de se perguntar a esses “povos originários”, o que eles realmente querem, e não os submeter a eles uma vida na idade neolítica.
Se for o desejo deles, eles podem ficar, mas o que parece que se quer é que o Brasil volte para a idade da pedra, segundo alguns chamados ideólogos desejam. Na minha humilde opinião, nosso país, como um todo, mestiço, queremos um futuro de modernidade, e não venerar e obrigar a praticar culturas já muito ultrapassadas.
Mil perdões, mestre Darci, seu aluno nessa parte discorda, mas em nada quero acrescentar ao conjunto de sua obra.
Recife, 24 de abril de 2024
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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