Os foguetes continuam a rasgar o céu da Ucrânia
Por José Antonio
“vertiginosa
a trajectória da bala não escolhe o alvo
nem se queda na fresta sombria de um olhar de poema.
a praça range em silencio de espera. a tropa avança”
(Mel de Carvalho)
Um passeio por séculos de conflitos, dos romanos contra os bárbaros às guerras medievais, das grandes guerras do século XX à Guerra Fria. Hoje o mundo se inquieta diante do gigantismo da Rússia que tenta dominar a pequenina Ucrânia.
É simplesmente assustador o que os nossos olhos veem. Por causa de quê? Parece que a ordem é dominar e exterminar. Como o ser humano de uma hora pra outra se torna um bárbaro? Como é que um Chefe de Estado, diante de tantas vidas perdidas, não se queda?
Os tanques, os aviões, os foguetes hipersônicos, os comboios e as rajadas de metralhadoras não transportam em seus “bojos” os livros que educam os medicamentos que curam e salvam os fraternais abraços entre povos vizinhos, nem os discursos que levam à paz, mas destruição e morte.
Os sonhos e os ideais expansionistas de Napoleão Bonaparte e de Hitler foram em vão, assim como o de outros grandes generais e líderes mundiais, que queriam ao custo de derramamento de sangue, que diferentes povos se curvassem aos seus pés. A resistência foi sempre mais forte e colonialismo nunca mais.
Sinceramente, não consigo entender, compreender e imaginar o quanto tem sido extremamente dolorosa a separação das famílias ucranianas: filhos e esposas pra um lado e os maridos ficam na terra-mãe para defendê-la, até mesmo com a própria vida. O que vimos durante a Segunda Guerra Mundial foram cenas muito mais “chocantes”, porque os milhões “conquistados” por Hitler partiam em comboios de trens rumo às câmaras de gás, a morte.
Nesta triste de noite de trevas, entre os escombros de guerra, os ucranianos resistem e quantas lágrimas dos sobreviventes caem da face de muitos inocentes? Resistir ou se curvar diante do poderio russo?
Resistir é a palavra de ordem, mesmo quando as lágrimas caem na face a externarem gritos de sofrimento, de medo e dor. O silêncio é a angustia da guerra, pois sempre vem seguido pelo estrondar dos foguetes, depois do “assovio” que rasga o espaço, que esbarram em edifícios e seus estilhaços roubam vidas, até mesmo de crianças e idosos.
Tudo isto em nome de quê? Por quê?
As vozes de revolta, as ameaças, os bloqueios de ordem econômica, os apelos de PAZ da quase totalidade das Nações do mundo, não têm tocado o coração do poderoso Putin, que parece rir com escárnio da cara de cada líder mundial.
Até quando esta insensatez vai durar? Por quem será que desta vez os “sinos vão dobrar”? O mais incrível: é que esta guerra, lá nos confins do mundo está “mexendo” com a vida também dos sertanejos da Paraíba. Paz!
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