Os cem dias de Corrinha

Por José Antonio – “O tempo corre, o tempo é curto: preciso me apressar, mas ao mesmo tempo viver como se esta minha vida fosse eterna”. Clarice Lispector
No próximo dia dez de abril, a prefeita Maria do Socorro Delfino Pereira, completará 100 dias de sua gestão, encontrando o município em uma situação bem diferente da do ex-prefeito Zé Aldemir, que em 2017, estava com as mãos e os pés atados porque a inadimplência junto ao CAUC não o permitia receber recursos federais, mas com sua obstinação, ousadia e coragem conseguiu superar o maior gargalho da sua gestão. Daí em diante, os recursos, começaram a aportar nos cofres municipais e pelas inúmeras obras e ações, nos primeiros quatro anos, o povo de Cajazeiras não teve dúvida em elegê-lo para um segundo mandato, que foi mais operoso ainda, além de eleger seu sucessor.
Então, Corrinha, não deixou passar a oportunidade de pegar o “trem bala”, passando em sua frente, para dar continuidade às ações que vinham sendo realizadas e “a obra continua”.
Penso e sonho com Cajazeiras na vanguarda dos municípios da Paraíba, mas vejo que não é fácil atingir este patamar. Para isto teríamos que retirar do seu caminho alguns obstáculos, dentre eles o ranço da política partidária que impede a necessária união em torno de suas lutas e uma delas é que nestes 100 dias, mesmo tendo sido protocolado um pedido de audiência com o governador, em 15 de janeiro deste ano, portanto há 78 dias, a autoridade maior do estado sequer propôs uma data para conhecer quais são as demandas de Cajazeiras, levadas pela porta-voz dos anseios de mais de 64.000 pessoas.
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Mas o importante é que toda e qualquer mudança é salutar, principalmente quando os seus atores se apresentam com idéias novas. Com a chegada de um novo prefeito uma cálida esperança volta a habitar os nossos corações para que neste novo cenário político possamos encontrar vozes mais afinadas ainda e que ressoem na consciência popular, nem sempre suficientemente esclarecida, na vivência sofrida dos problemas de cada dia, a capacidade de escolher os novos caminhos, ou o melhor para continuar nos trilhos o destino desta bela e encantadora cidade.
Cada cidadão é peça fundamental do processo de desenvolvimento. As lideranças comunitárias e os políticos, no exercício de suas nobilitantes funções, têm que assumir uma nova postura, uma postura voltada para ações que a levem para um futuro promissor que nos aguarda no conjunto desta vasta e sofrida região sertaneja.
Temos consciência que a cidade que desejamos não vai encontrar soluções, em curto prazo, para as suas inúmeras demandas/problemas, sem a anuência e colaboração do governo do estado e também de recursos federais.
Está muito visível a inquietação e uma clara evidência, entre os cajazeirenses, que a prefeita Corrinha comece a “imprimir” a sua “marca” ou mesmo a sua “cara”, principalmente levando-se em conta uma das bandeiras da sua campanha: “por ser professora”, na terra que tem como símbolo maior a educação.
Sempre que escrevo sobre Cajazeiras o faço quase diria uma prece, tecida com sentimentos de veneração e amor para que esta mensagem alcance o coração dos responsáveis pelo seu destino.
Corrinha, que em 2025 e alhures, você e Cajazeiras, alcancem novos patamares no cenário político, econômico e social de nosso Estado, sem perder seu romantismo, a coragem e a beleza da mulher cajazeirense.
Diz o ditado popular: “Viver cada dia como se fosse o último é mais fácil do que viver cada dia como se fosse o primeiro”.
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