ONU, Bolsonaro e o discurso mentiroso
Por professor Heberth Melo
Bolsonaro mente descaradamente na ONU a respeito de tudo, afirmam os órgãos de imprensa nacional e internacional. Se querem um grande mentiroso que não se constrangem em emitir ilações e bravatas eis o seu líder.
O presidente da extrema direita brasileira, afirmou que pagou um auxílio de $ 800, foi contra a vacina, foi contra o isolamento social, falou em tratamento precoce vendendo remédios da Covid não comprovados, fez afirmações infundadas sobre a ausência de corrupção em seu governo, atacou governadores e prefeitos, negou o desastre da economia, da volta da inflação e escondeu o esquema de emendas parlamentares para compra de políticos brasileiros, como também negou o desastre de sua política ambiental, mentiu descaradamente e fez da ONU um palanque para seus apoiadores mais fanáticos. Ou seja, transformou o maior palco da democracia mundial em um “puxadinho” do seu curral.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse à assembleia geral das Nações Unidas que veio para apresentar “um novo Brasil, com sua credibilidade restaurada perante o mundo”.Mas em um discurso de 12 minutos, no qual o populista de extrema direita pregou remédios não comprovados da Covid, denunciou medidas de contenção do coronavírus e propagou uma sucessão de distorções e mentiras descaradas sobre a política brasileira e o meio ambiente, Bolsonaro fez pouco para reparar a reputação internacional de seu país já abalada por uma enxurrada de escândalos do seu governo.
A parlamentar de esquerda Vivi Reis, após assistir ao discurso do líder radical brasileiro afirmou que: “É revoltante e vergonhoso ver o presidente de um país como o Brasil fazer um discurso tão mentiroso no cenário internacional” e ainda arrematou dizendo: “Esse tipo de homem não deveria representar nosso país – um país tão rico em biodiversidade, cultura, trabalhadores e juventude.”
Antes do discurso de abertura de Bolsonaro, alguns diplomatas brasileiros esperavam que o presidente mostrasse uma face mais suave para o mundo do que durante sua última aparição na ONU. Naquela ocasião, em setembro de 2019, o novo líder do Brasil acusou a mídia “enganosa” de exagerar na destruição da Amazônia e lançou um ataque do socialismo ao estilo Donald Trump.Essas esperanças de moderação evaporaram em segundos depois de Bolsonaro subir ao “palanque”, no entanto, quando o extremista de direita anunciou que tinha vindo “para mostrar um Brasil diferente daquele que você vê nos jornais e na TV” e novamente atacou a suposta ameaça do comunismo, visão errônea e enganosa que só acontece em sua mente alucinada e conspiratória.
“Não tivemos um único caso concreto de corrupção durante [os] dois anos e oito meses [de minha presidência]”, afirmou Bolsonaro, mentirosamente, esquecendo-se de mencionar uma série de escândalos, como peculato, lavagem de dinheiro, milicianismo e desvio de dinheiro público que perseguem sua família e o governo, inclusive sobre a compra de vacinas daCovid, escândalos esses que podem levar ele e sua família a cadeia.
Bolsonaro insistiu que seu governo há muito defende a vacinação contraCovid, embora ele tenha minado pessoalmente os esforços para imunizar os cidadãos contra uma doença que matou quase 600.000 brasileiros e supostamente se recusou a receber a vacina, mostrando-se assim contraditório e assinando mais uma vez o papel de genocida.Em seu discurso, Bolsonaro também alardeava o apoio de seu governo aos remédios ineficazes da Covid – conhecidos no Brasil como “tratamento precoce” – apesar da oposição generalizada das comunidades científica e médica globais, mostrando a verdadeira face do negacionismo em seu governo.
“Não entendemos por que muitos países – junto com grande parte da mídia – se opuseram ao ‘tratamento precoce’”, disse Bolsonaro aos líderes mundiais, anunciando que ele próprio havia tomado essas drogas, levando a desinformação a níveis internacionais, além de tornar o país motivo de chacota em esfera global.
Em outra parte de seu discurso, o líder do Brasil afirmou falsamente que as recentes manifestações pró-Bolsonaro do dia da independência foram as maiores da história do Brasil, mais uma mentira absurda, e que pintaram um quadro maravilhoso da economia brasileira e dos esforços de proteção ambiental, sendo motivo de escarnio pelos presentes.
“Qual outro país do mundo tem uma política de proteção ambiental como a nossa?” perguntou Bolsonaro, que foi acusado de encorajar crimes ambientais, da qual ele é responsável pelo desmonte da nossa estrutura de proteção ao meio ambiente, reduzindo os agentes do IBAMA a servidores sem função.O desmatamento atingiu seu auge em 20 anos. A resposta da pergunta feita anteriormente é evidenciada através de um simples olhar ao que acontece com a fauna e flora brasileira, vê-se que nem outro país do mundo tem uma biodiversidade tão rica e faz de tudo paradestruí-la.
Bolsonaro também faltou com a verdade sobre o auxílio as vítimas da Covid, a princípio ele nem queria dar, mentiu quanto ao investimento na infraestrutura, o que ele fez foi privatizar, mentiu também em relação a economia, a inflação já atingiu mais de 10% ao mês com o aumento da cesta básica e dos insumos que alimentam o povo brasileiro, o Brasil vive uma inflação “galopante” onde milhões de brasileiros não conseguem mais fazer uma refeição digna. Bolsonaro mentiu e omitiu até mesmo em relação a nossa crise energética que desde os anos 90 não sofria tanto com os aumentos dos combustíveis, gás de cozinha, eletricidade, etc. Mentiu também na recuperação do emprego e renda. O povo brasileiro foi jogado no precipício o que os levará a um caminho sem volta caso Bolsonaro permaneça na cadeira até 2022.
Quem viver, verá…
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