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Alexandre Costa

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O Sertão quer ser ouvido

14/01/2024 às 14h17

Governador João Azevêdo - foto: divulgação/Secom-PB

Por Alexandre Costa – Todo ano é a mesma cantilena dos sertanejos questionando os minguados investimentos em obras estruturantes em sua região, provenientes de emendas parlamentares e agora do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).  As queixas procedem deixando um contundente questionamento: por que a grande maioria dos investimentos públicos no Estado da Paraíba é concentrada maciçamente no eixo de João Pessoa e Campina Grande e suas regiões limítrofes? Obvio e ululante que o bolo maior dos recursos tem que ser direcionado para duas cidades detentoras dos dois maiores PIB da Paraíba e mais densamente povoado.

Agora, o fato de continuarmos a receber migalhas, ano após ano, em detrimento de outras regiões mais abastadas, lança luzes sobre o projeto integrado de desenvolvimento do estado que totalmente enviesado fomenta o já acelerado desnível econômico e social entre as nossas regiões, funcionando como uma camisa de força que impede o desenvolvimento do estado como um todo. Números recentes do IBGE mostram claramente esse gritante desnível econômico. Em 2021, 53,56% do PIB da Paraíba concentrou-se em apenas cinco dos 223 municípios do estado [Joao Pessoa, Campina Grande, Alhandra, Cabedelo, Santa Rita].  Uma verdadeira excrescência econômica.

A queixa sertaneja foi aguçada no fim do ano passado quando o governador João Azevedo anunciou a construção de uma Ponte sobre o Rio Paraíba que faz ligação de Cabedelo, Santa Rita e Lucena na Região Metropolitana de João Pessoa, uma mega estrutura orçada em meio bilhão de reais. Nada contra a chamada “Ponte do Futuro” do governador Azevedo, entendo como um investimento estratégico e desbravador no litoral norte do estado que além de incrementar o turismo naquela região vai viabilizar a implantação do Porto de Águas Profundas em Mataraca. E as prioridades de investimentos na outra ponta do estado?

Governador João Azevedo, nós sertanejos queremos ser ouvidos, pois, temos propostas perfeitamente factíveis para mitigar esse cruel desnível socioeconômico: implantação da tão sonhada Zona Franca do Semiárido; retomar os estudos de viabilidade de exploração de minério de ferro no Alto Sertão; um novo traçado da Ferrovia Transnordestina derivando da cidade de Missão Velha (CE) cruzando todo o estado até o futuro porto de águas profundas no litoral de Mataraca; iniciar a duplicação da rodovia BR 230 no sentido, Cajazeiras à Farinha; implantação de indústrias no Sertão; revitalização do Hotel Brejo das Freiras e a criação de um Centro de Convenções e da tão sonhada Universidade Federal do Sertão.

Governador, essas são intervenções estratégicas que ainda podem ser implementadas no seu governo que tem o poder de redirecionar o eixo de investimentos para o interior do estado transformando o Sertão numa terra de oportunidades.

É chegada a hora de o senhor reverter em obras e benefícios a sua maciça votação recebida no interior do estado, fator decisivo, para sua recondução ao Palácio da Redenção. O Sertão agradece.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Alexandre Costa

Alexandre Costa

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

Alexandre Costa

Alexandre Costa

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

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