O Rio Grande do Sul no Nordeste
Por: Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira – Leitores meus: todos nós vivenciamos a tragédia das enchentes no sul do país. Foi uma catástrofe terrível o estado que mais deu maioria a direita e rogou todas as pragas para a população nordestina e queria se separar desse país, foi vítima de mais fez: por uma série de fatores tanto climáticos quanto da tal da desregulamentação, ou nos dizeres hoje famosos do ministro Ricardo Salles: a boiada passou, e finalmente no Rio Grande do Sul, após vários avisos, pelo menos dois (duas enchentes anteriores de rios), chegou ao Guaíba e suas comportas estavam abertas e apenas uma estava com os motores em condições de uso; o restante não podia ser fechada por “falta de manutenção”, o deve de casa não foi feito, e mesmo feito, não evitaria , mas sem ter sido feita, impulsionou a maior catástrofe dos últimos tempos no RS. Não sou revanchista, mas pelos resultados das urnas, e a “tímida” ideia de separatismo, as águas que da Amazônia que deveriam ir para o pacífico e foram barradas em parte pela cordilheira dos Andes, enfrentou uma zona de alta pressão no Centro- Oeste e foi direto para os pampas gaúchos, e atingiu quase todos os municípios gaúchos. E os governos “liberais”, que tinham outras prioridades como a “lacração”, que eu mesmo Não entendo bem o que é, mas que trás coisa ruim para nós, como mentir nos Estados Unidos e a gente pagar a conta, e abandonar o RS, pois direita não queria ajudar, que nunca foi a vocação dela.
Agora a gente que vive no Nordeste, muito longe do pampa gaúcho, poderia não imaginar o que estaria acontecendo no Sul, mas aconteceu que apareceram cenas em João Pessoa que em tudo pareciam ser no Sul, mas eram nos bairros da Torre de da Mangabeira, entre outros: Carros com água no motor, gente dentro do carro com água nas canelas, e a informação que em Natal faz dois dias que chove, e pelo menos um amigo estava se “retirando” para o calor do Sertão: a retirada inversa: seria como o Rio Grande do Sul mandasse uma amostra Grátis para seu irmão do norte. E, no caso de João Pessoa, faz tempo que o Bairro da Torre está a precisar dessas obras de saneamento, e não são feitas. Mesmo do outro lado, as “prioridades” são outras, e a eleição municipal está batendo às portas. No outro governo Cícero, esses problemas já existiam, e passados três gestões municipais, remanesce, como se o povo daqui depois de passar o período chuvoso vá se esquecer disso, e possivelmente pode esquecer, e “deixar para lá”. Eu não vi nada de providências ou pelo menos uma nota de solidariedade. Pode ser que algum gaúcho deixou uma cartilha por aqui e os nossos esclarecidos gestores leram ela e seguiram as lições que causaram tanta destruição no Sul.
Vi uma ilustração em que o se dizia: espere que às cinco da tarde, Jurandir vai passar na sua rua. Do Jacaré para as bocas de lobo. Seria risível se não fosse pelo menos muito preocupante.
As eleições são no fim do ano, mas a memória dos pessoenses pode guardar…
Recife, 29 de maio de 2024
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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