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Francisco Inácio Pita

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O que fica para o povo

08/06/2020 às 09h10

Coluna de Francisco Inácio Pita

O povão em geral representa a maioria da população brasileira, quando sai os políticos e os funcionários do alto escalão dos poderes: executivo, legislativo e judiciário, fica exatamente a maior fatia dos brasileiros. No meu modo de pensar se essa grande maioria se organizassem em associações comunitárias, associações de bairros e outros meios associativos, teriam uma vida de ouro, mas muitos brasileiros ficam à mercê da vontade dos administradores. Observa-se também que a maioria dos gestores deste país chamado Brasil representa muito mal o seu povo, faz diferente quando assume o poder, esquece as promessas de campanha e volta às comunidades somente nas próximas eleições. E o pior é que povo ainda os recebem com festas, oferecem lanches, almoços recheados com diversos ingredientes que nem eles comem todos os dias. O que se observa claramente é uma população sendo manobrada facilmente por muitos administradores, talvez por falta de fé, esperança em um dia melhor, mau gerenciamento das verbas públicas, falta de assistência médica gratuita, e outros fatores desgastantes que vem atingindo a nossa população. É claro, ainda tem gestores que administram com responsabilidade e aplica todos os recursos em benefícios do povo, mas dificilmente se ver.

Muitos gestores estão usufruindo do dinheiro público e quando denunciados recebem poucas penalidades, por que as leis criadas pelos próprios legisladores deixam muitas lacunas e boas defesas, infelizmente os juízes que têm o poder de julgar e condenar políticos corruptos, não pode ir contra a lei que os senhores legisladores criaram. Se vão presos poucos deles fica muito tempo na prisão, quando acusado de desvio do dinheiro público, dificilmente devolver totalmente ou parte do que desviou, sempre encontram uma artimanha para se livrar da façanha feita na sua administração.

Talvez por falta de amor ao próximo, à ganância pelo poder, a má vivência cristã, o desprezo pela oração, à falta de humanidade humana e outros adjetivos semelhantes, com isso, o dono real do mundo, o nosso pai eterno, está alertando a população para se comportar melhor, e com essa pandemia do covid-19, Deus quis mostrar que devemos viver em sociedade, valorizar ao trabalho de seus empregados, ter a mesma atenção a todos e nunca deixar de amar ao próximo.

O país em que vivemos boa parte da população vive sem conhecer os seus direitos e fica sem benefícios e proteções, a maioria dos brasileiros exercem a risca as suas obrigações, mas tem dificuldades em fazer cobranças dos seus direitos aos administradores. Um gestor lhe faz um benefício, nada mais nada menos do que cumpriu com sua obrigação, mas muitas comunidades pela falta de assistência dos próprios administradores, os referidos gestores corrupto e oportunista são tratados como Deus quando faz visitas às estas comunidades, muitas vezes de dois em dois anos. Digo assim, porque muitos prefeitos só andam nas comunidades rurais e fazem visitas aos bairros, distritos e povoados de dois em dois anos. Uma vez para pedir votos para seus candidatos nas eleições majoritárias, com mais dois anos voltam para pedir votos para si ou para os concorrentes a prefeitos e vereadores que eles apoiam. E o pior, faz de tudo e usa de toda esperteza para vencer, só entregam o poder à pessoa de sua confiança no intuito de permanecer na mamata. São fatos dessa natureza que modéstia parte, me irrita e me deixa pensativo. Por que será que grande parte dos nossos gestores pouca faz para o povo e ficam sempre no poder? Eu infelizmente não consigo entender.

Gostaria de lembrar que o voto do rico e do pobre tem o mesmo valor numérico no somatório final de uma eleição. As cenas de mau gerenciamento do dinheiro público que vemos em nosso Brasil é muito triste e nos revolta por sermos enganados por corruptos e mal intencionados gestores. A nossa formação inclusive a cultural começou pelos portugueses, estes usufruíram das nossas riquezas naturais e materiais e deixaram trilhas de uma cultura que ainda hoje tem sua sombra marcada na formação do povo brasileira, além da herança de uma civilização desastrosa.

Hoje o Brasil passa por uma fase de desencontro jurídico e talvez pessoal, entre o executivo, legislativo e judiciário. Boa parte do poder judiciário em discórdia com o poder executivo, a grande maioria dos membros dos poderes legislativos fazem primeiro as ações de seus próprios interesses para depois se lembrar do povão, isso só muda um dia se o povo aprender a votar. Outro fato interessante, principalmente nas cidades pequenas, fica no poder sempre a mesma família, o povo vota na mesma pessoa e quando aparece um novato está acompanhada de um veterano, que muitas vezes já foi expulso do meio público pela justiça por ter praticado improbidade administrativa, não pode concorrer e coloca um laranja para competir e se eleito, vai administrar com o mesmo teor de irresponsabilidade.

Quem tira e coloca os administradores no poder somos nós eleitores, mas infelizmente a maioria tem a arma na mão e não sabe usar. O povo tem todo o poder e o direito de escolher por lei os gestores para lhe representar, mas uma boa parte recebe migalhas durante as campanhas e vota em corruptos, em pessoas que já ocuparam o poder e fizeram uma péssima administração, muitas vezes retornam ao poder e nada faz para o povo. Nesses casos a culpa é do próprio eleitor que escolheu mal. Cabe ao povo aprender a votar, ver o passado e presente dos pré-candidatos, e veja com cuidado se o que ele fala tem lógica, muitos prometem tanto que já dar para perceber o verdadeiro corrupto que vai ser se for eleito, o primeiro sinal de um mau administrador é prometer muito, tem deles que promete até passagem molhada em região que não tem rio nem riacho, esse tem tudo para não cumprir as promessas quando assumir o poder.

Outro fato que observamos no decorrer das gestões, os gestores têm seus apadrinhamentos e dar empregos a todos os seus familiares, mesmo tendo a lei do nepotismo, mas os gestores empregam parentes e muitas vezes passam despercebidas pelas leis, ficam sufocados para trabalhar em benefício do povo em geral e terminam não cumprindo o projeto administrativo que apresentou na campanha. Dado ao grande gasto desnecessário e muitas vezes ilegal, sobra pouco para aplicar em benefício do povão. Não custa lembrar que o povo tem o poder, mas precisa usar com responsabilidade. O voto é uma coisa séria, fazer uma escolha mal feita todos nós seremos afetos numa sequência de mais quatro anos. O poder diz que pode, mas só recebe o poder se nós eleitores dermos esta permissão através do voto, vote bem que todos ganharão durante toda a gestão. Esse é o segredo, se ele não prestou não vote mais nele, e pronto, é somente assim que um dia teremos os nossos direitos respeitados pela grande maioria dos gestores. E boa sorte na próxima escolha.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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