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Raquel Alexandre

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O mistério da morte

30/10/2014 às 10h13

Porque será que quase todas as pessoas ainda tem medo da morte? Simplesmente porque muitos temem o desconhecido, não sabem o que irão encontrar pela frente e há ainda o temor do nada para aqueles que  acreditam que após a morte vão virar somente pó e se juntar à Terra, assim como diz a famosa frase: “Do pó viestes, ao pó retornarás”.

Muitas pessoas não acreditam na vida após a morte por esta estar ligada às crenças religiosas, mas muitos que não seguem nenhuma religião acreditam sim que a vida continua do outro lado.

Para muitas pessoas a morte é vista como um castigo, mas para quem tem uma existência bem vivida, na hora em que ela chega, simplesmente é bem recebida, pois é uma libertação para o corpo doente, cansado, abatido, perecível.

Mas como é horrível a ideia do nada, pensar que após a morte não mais existiremos, que tudo o que construímos na Terra, o amor à família e aos amigos, as nossas crenças, a nossa intelectualidade não serviu de nada e foi tudo por água abaixo. Se pensarmos para analisar bem, nada acontece por acaso, tudo tem uma razão de existir e o amor é uma delas.

Acredito que o amor viaja por este mistério chamado vida após morte, pois se entendermos que o amor verdadeiro resiste a tudo, principalmente ao tempo e à distância, por que não acreditar que pode ultrapassar as dimensões espirituais e do tempo-espaço?

De acordo com o espiritismo, quando uma pessoa morre, permanece exatamente como era antes. Tem o mesmo intelecto, a mesma disposição e as mesmas virtudes. A condição em que ela se encontra é a mesma registrada por seus pensamentos e desejos na Terra. Depois da morte, ninguém estranha a vida nova, pois o que existe é uma continuação dessa vida, embora com algumas condições modificadas. Um médico, depois do seu desencarne, continua a se interessar pelos pacientes, tentando curá-los, por exemplo.

O espírito pode ficar atordoado com a brusca mudança que acontece. Ele se vê num corpo semelhante ao anterior, porém se espanta por não poder apalpá-lo. Para o homem de bem, a passagem é calma e muito semelhante a de um despertar tranquilo. Para aquele cuja consciência não é pura, a perturbação é cheia de ansiedade e angústias.

"O mistério da morte é o mistério da vida,

Que abandona a matéria exânime e cansada;

Que traz a treva em si e abre a porta dourada

De um mundo que entre nós é a luz desconhecida.

Também tive a minh’alma outrora perturbada,

De dúvida, incerteza e angústias consumida,

Mas a morte sanou-me a última ferida

Desfazendo as lições utópicas do Nada.

A morte é simplesmente o lúcido processo

Desassimilador das formas acessíveis

A luz do vosso olhar, empobrecido e incerto.

Venho testemunhar a luz de onde regresso,

Incitando vossa alma aos planos invisíveis,

Onde vive e se expande o Espírito liberto".

Parnaso de Além Túmulo – Psicografia de Chico Xavier


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Raquel Alexandre

Raquel Alexandre

É redatora do Portal Diário do Sertão e Formada em História pela UFCG de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Raquel Alexandre

Raquel Alexandre

É redatora do Portal Diário do Sertão e Formada em História pela UFCG de Cajazeiras.

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