O mestre Zé Adegildes
O rádio em Cajazeiras ganhou muita projeção, a partir da década de 60, graças ao trabalho de cidadãos abnegados, que não mediram esforços para consolidar esse tradicional e importante meio de comunicação no Sertão paraibano. E entre os nomes que marcaram essa história está José Adegildes Bastos, falecido recentemente.
Conhecido pelo seu jeito irrequieto e zeloso na missão, ele foi, ao lado do pioneiro Mozart Assis, um símbolo dessa atividade em Cajazeiras, cumprindo papel preponderante para instalação e funcionamento da Difusora Rádio Cajazeiras, além de ter fundado e comandado até aqui o histórico serviço de som NPR (Norte Publicidades Radiofônicas), que está no ar há 55 anos.
Inegavelmente, o nosso Zé Adegildes, como era chamado por todos, sempre demonstrou muita vocação para a radiodifusão. Era um apaixonado pelo rádio e um entusiasta do trabalho sério, e de qualidade, e deverá permanecer na lembrança de todos que o conheceram e, principalmente, dos que tiveram a oportunidade de trabalhar na DRC sob sua orientação e o comando de Mozart.
Confesso com satisfação que vivi esse momento áureo do rádio, quando atuei na Difusora Rádio Cajazeiras, entre 1980 e 1986. E foi, exatamente, um tempo de aprendizado. Passados mais de 30 anos, não me fogem da memória momentos marcantes vividos com esses e outros nomes que engrandeceram a radiofonia cajazeirense, a exemplo do também saudoso José Ferreira Lima.
Quando sai da DRC, em 1986, foi Zé Adegildes que me abriu espaço na sua NPR para fazer um programa jornalístico, juntamente com a companheira Mariana Moreira. E o mais importante: dando-nos total condição de fazer jornalismo independente, apesar, claro, de todos terem as suas preferências político-partidárias. Aliás, aprendi com ele e com Mozart, lições básicas de profissionalismo e de bom jornalismo.
Pois bem, meus caros leitores, o mestre Zé Adegildes se foi, deixando esse exemplo de vocação e doação pelo rádio. O jornalista e escritor Gilson Souto Maior tem razão quando afirma em seu livro, lançado recentemente, que ele foi incansável nesse trabalho, e muitas vezes, abandonava os seus negócios particulares na Casa Norte, para se dedicar à DRC, onde exerceu, até 1986, a função de diretor artístico.
Volume de Boqueirão
O agrônomo Adalberto Nogueira continua contestando dados da Cagepa sobre o volume do açude Engenheiro Avidos (Boqueirão de Piranhas). Ele disse que não foram feitos estudos suficientes para detectar o nível de assoreamento, e que o volume atual do reservatório é menor do que esse que está sendo anunciado. A empresa, segundo afirma, está trabalhando baseada em dados de projeto, que não são reais, o que pode resultar em problemas futuros para o abastecimento de Cajazeiras.
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