O inferno são os outros?
Você tem alguém difícil na família, no trabalho ou no relacionamento? Acredito que a maioria das pessoas possui alguém difícil de se relacionar ou lidar na vida. Pode ser uma mãe, pai, irmão, marido, amigo, namorado (a). Sempre tem alguém que vai dizer: Meu Deus que pessoa difícil, porque eu tive que nascer nessa família? Porque só tenho ‘sorte’ com gente assim desse nível? É normal ouvirmos isso de muitas pessoas.
Mas porque Deus coloca pessoas assim no nosso caminho? Para testar a nossa paciência e compreensão, é esta necessidade que temos diariamente, ou seja, é justamente para o nosso crescimento e aprendizado espiritual, por mais difícil que seja de compreender é justamente com essas pessoas que nós aprendemos a ser pessoas melhores. É tão importante a convivência com as pessoas “difíceis” que Jesus nos deixou o seguinte ensinamento “Se apenas amares os que te amam, qual será a tua recompensa?” (Mt 5:46), é isso que temos que aprender.
Às vezes queremos sempre colocar a culpa nos outros por tudo de ruim que acontece na nossa vida, nós nunca nos consideramos culpados, mas vamos parar para pensar: vamos ficar o resto da vida culpando as pessoas por problemas que muitas vezes nós mesmos poderíamos resolver, será que a partir de uma atitude simples nós não resolveríamos tudo? Não podemos mudar as pessoas 100% como queríamos, o que podemos fazer é aprender a conviver com elas da maneira que são ou pelo menos a partir de nós tornar o convívio mais saudável.
De acordo com o psicólogo Rossandro Klinjey, nós só podemos ser quem nós somos pelo suporte que damos às pessoas e as pessoas só são quem são pelo suporte que damos à elas. Há duas opções de convívio: suportar de tolerar e suportar de dar apoio às pessoas. Porque um dia ajudamos, mas no outro poderemos precisar de ajuda. Devemos parar de ver outro como inimigo, pelo nosso próprio bem.
Devemos nos reconhecer como pessoas cheias de defeitos e não somente enxergar o defeito do outro, aceitando as pessoas como elas são, pois não podemos mudar ninguém a não ser nós mesmos, nós também somos falhos e será que também não estamos agindo da mesma forma? Já disse Jesus: “Orai e Vigiai”, ou seja, vigia a sim mesmo, tuas atitudes, teus pensamentos…
Mas aí você vai me dizer, eu não sou santo, nem perfeito para aguentar tudo o que os outros fazem contra mim. Certo, ninguém é perfeito, também acho. Mas devemos ter empatia, isto é, a capacidade de se colocar no lugar do outro, será que aquela pessoa não está tendo problemas, será que está passando por momentos difíceis, se separou ou até mesmo pode estar doente? Não custa nada conversar ou dialogar, se possível? A paciência e o perdão são outras virtude a serem trabalhadas. Vamos perdoar mais, guardar menos mágoa, isso só nos faz adoecer o corpo e alma.
O conflito é normal nas relações, mas não devemos transformar um conflito em guerra, devemos aprender a conviver, para que não nos tornemos também outra pessoa difícil na vida de alguém. É tão bom viver em paz consigo mesmo e com os outros, não é mesmo? Não seja inferno na vida dos outros, nem na sua própria vida, aprendamos a conviver e assim daremos o exemplo àquela pessoa difícil que poderá mudar a partir de nossa atitude transformadora.
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