O fato novo da sucessão

O fechamento da aliança PMDB/PT com o batismo do vice-presidente da República, Michel Temer, e de outras lideranças nacionais dos dois partidos, foi o fato político mais importante da semana, neste momento de definições para as eleições da Paraíba. O encontro realizado em Brasília, na quarta-feira, repercute muito nos meios políticos do Estado, e pode provocar desdobramentos no quadro estadual.

Para os analistas políticos, essa decisão foi fundamental para fortalecer o palanque da presidente Dilma na Paraíba, e revigorar o projeto do PMDB com a pré-candidatura de Veneziano Vital, principalmente com a possibilidade de Lucélio Cartaxo integrar a chapa majoritária na condição de candidato a senador.

Nos bastidores, segundo se informa, PT e PMDB trabalham, agora, para atrair outros partidos aliados do governo federal, a exemplo do PSC e do PR, respectivamente, comandados pelo grupo Gadelha e pelo deputado federal Wellington Roberto. Os entendimentos, certamente, serão intensificados, a partir de agora.

A verdade é que PMDB e PT deram um passo decisivo para viabilização de um projeto político para 2014. A ideia parece ser bastante clara: chegar às eleições com condições plenas de disputa e apresentar um programa viável para tentar conquistar o eleitorado paraibano.

Mas, essa definição entre peemedebistas e petistas pode apressar outros entendimentos envolvendo os demais grupos partidários que se articulam para disputar a sucessão estadual. O PSB do governador Ricardo Coutinho e o PSDB de Cássio Cunha Lima, certamente, não vão ficar de braços cruzados. Em poucos dias, eles também deverão fechar suas alianças, até porque o período das convenções está se aproximando, e todos precisam se definir para o embate eleitoral. É questão de tempo.

Vituriano e o Xamegão
O fim do tradicional evento junino de Cajazeiras, o Xamegão, continua sendo motivo de muitas insatisfações. Na Assembleia Legislativa, o deputado Vituriano de Abreu criticou a decisão da prefeita Denise de não realizar o evento, afirmando que a cidade está abandonada e a gestão em situação de dormência. 

Vituriano e o Xamegão II
Em suas declarações, que ganharam repercussão na imprensa local, o parlamentar lembrou que, em sua gestão, fazia um mês de evento junino num momento de muito mais dificuldades, sem ajuda federal nem estadual. As dificuldades, segundo alfinetou, eram bem maiores, mas mesmo assim Cajazeiras tinha uma estrutura que competia com Campina Grande.

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José Anchieta

Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB.

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