O dedo de Ney e o braço de Dr. Verissinho
O senador Ney Suassuna (Republicanos), se despediu do senado na última sexta-feira (22) após ter passado quatro meses substituindo Veneziano Vital do Rego (MDB) de quem ele é primeiro suplente. O parlamentar Mdebista pediu licença até 21 de janeiro para tratar de assuntos pessoais. Veneziano reassumiu o cargo nesta segunda-feira (25).
O que chamou mesmo atenção, além do bom trabalho desenvolvido no senado durante os quatro meses de Ney, foi a atitude do parlamentar na última semana quando em uma entrevista concedida à TV Correio de João Pessoa, o senador “deu o dedo” em direção à câmera quando então se solidarizava com a situação da saúde do senador José Maranhão (MDB).
A sua assessoria, de imediato tentou se justificar. Ney argumenta que um de seus assessores entrou na sala e atrapalhou a entrevista e por isso ele fez o gesto. A explicação foi dada, a questão é o povo acreditar. Pelo que parece, a despedida na última semana de trabalho do senador ficou marcada com um “tchau” um tanto quanto esquisito.
Por falar em esquisito…
A atitude do prefeito de Pombal, no Sertão paraibano, Abmael de Sousa Lacerda, popularmente conhecido como Dr. Verissinho (MDB), foi o primeiro a tomar a dose da vacina CoronaVac no município. O fato ocorreu na última terça-feira (19), na abertura da vacinação da cidade.
O problema gira em torno de que o executivo não pertence ao grupo prioritário, o qual foi detalhado em uma Nota Técnica da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da Secretária de Saúde do Estado (SES/PB). Dr. Verissinho é médico, tem 66 anos, mas não é da linha de frente no enfrentamento ao Coronavírus e também não está exercendo a profissão, visto que, executa a função de prefeito.
O gestor por sua vez, se justificou: “Não estou na UTI, mas estou sempre atendendo pessoas que têm contato com a Covid”, disse.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) anunciou na manhã da quarta-feira (20) que irá investigar o caso.
O braço do prefeito recebeu a furada da CoronaVac e segundo o entendimento da Secretaria de Saúde da Paraíba, ele furou a fila da vacina. O Dr. Verissinho, furou a fila para ser furado pela vacina contra a Covid-19. Dessa maneira, ele tomou a vaga de um daqueles que tem se doado para salvar vidas.
Assim vamos caminhando e esperando que a educação um dia possa ser de fato praticada por aqueles que deveriam ser exemplos. Aprendemos quando crianças que furar fila é errado, que “dá o dedo” é feio, em fim… autoridades mostrando o dedo de frente as câmeras e outras tomando o direito de quem de fato tem direito. Fica difícil ensinar quando não demonstramos educação suficiente para isso, ou será que, o que vale é o velho ditado: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço?”.
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