O clima quente da política
Em meio aos festejos juninos e ao clima de Copa, surge uma nova crise entre PMDB e PT da Paraíba, com forte repercussão na imprensa política do Estado. Depois de superar divergências no processo de discussão da aliança para formação da chapa majoritária, os dois partidos não se entendem, agora, para a eleição proporcional, abrindo novos focos de disputas internas e ameaças de lado a lado, que podem resultar numa separação total.
O próprio pré-candidato ao governo, o peemedebista Veneziano Vital, admitiu, recentemente, que a situação se agravou muito, e que teme prejuízos para a aliança majoritária, cuja composição tem também o petista Lucélio Cartaxo como pré-candidato ao Senado. Ele disse que trabalha muito para superar essa dificuldade e que gostaria de contar com a unidade dos dois partidos.
O novo conflito começou nas discussões sobre a possibilidade de coligação na eleição proporcional, condição cobrada pelos parlamentares peemedebistas, mas totalmente descartada pelos petistas. O caso está sendo tratado com muito cuidado pelos dirigentes estaduais, e será levado, agora, para as cúpulas dos dois partidos em nível nacional.
A verdade é que a relação entre os dois parece mesmo muito difícil, apesar de todo o esforço feito pelas lideranças nacionais que, recentemente, celebraram esse “casamento”, em Brasília, visando, sobretudo, fortalecer o palanque da presidente Dilma no Estado, e ainda, consolidar a candidatura de Veneziano ao governo estadual. Novos encontros vão acontecer em Brasília, na tentativa de se resolver os problemas.
Enquanto isso, uma onda de especulações se espalha por todo o Estado, em torno do atual cenário, gerando um clima de insegurança em praticamente todos os blocos políticos. Nessa fase atual de definições, todos enfrentam dificuldades para avançar nos entendimentos, sem deixar mágoas em aliados e focos de resistência.
O governador Ricardo Coutinho e o senador Cássio Cunha Lima também não fecharam suas coligações e, certamente, também têm problemas internos que precisam ser superados até o próximo dia 30, data limite para realização das convenções partidárias.
Esse é o clima quente da política paraibana. Imagine só, caro leitor, o que ainda pode acontecer até o final do mês, passando pelas fogueiras de São João e São Pedro. Certamente, vai esquentar ainda mais. É só esperar, e ainda ficar torcendo pela Seleção Brasileira.
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