header top bar

Alexandre Costa

section content

O Brasil está se tornado um narcoestado?

13/11/2023 às 17h18

Coluna de Alexandre Costa - imagem: reprodução/internet

Por Alexandre Costa – Narcoestado, um neologismo criado a partir dos anos 1980, começou a ser utilizado inicialmente na Colômbia, Peru, Bolívia e México para conceituar um estado ou um país cujas instituições politicas e governamentais foram totalmente capturadas por organizações criminosas que operam a produção, comercialização e o tráfico mundial de drogas ilícitas o chamado narcotráfico. Um gigantesco conglomerado transnacional que sabota países corrompe seus líderes, envolvendo desde o seu presidente passando pelas forças armadas e altos funcionários do governo formando uma teia deletéria corrupta tudo sob o falso amparo da lei.

A princípio pensou-se que se tratava de mais uma organização criminosa que surgia no mundo como a máfia italiana ou coisa parecida.  Ledo engano. Estava surgindo ali umas das maiores e mais nocivas organizações criminosas que se espalhou pelo mundo corrompendo as nações, transformando seus habitantes em verdadeiros Zumbis.

Hoje, o narcotráfico é a atividade criminosa mais lucrativa do planeta que vai desde a produção, comercialização e o tráfico mundial de drogas ilegais, um negócio que movimenta 900 bilhões de dólares por ano, uma bagatela que corresponde a 35% do PIB brasileiro algo em torno de 1,5% do PIB mundial.

Eis aqui uma atividade que o Brasil bem na fita. Um dos nossos principais players do tráfico internacional de narcóticos, o PCC (Primeiro Comando da Capital) deita e rola nas barbas das autoridades brasileiras exibindo sucessivos recordes de faturamento, são quase 5 bilhões de reais por ano, fruto da arrecadação da atividade em São Paulo e a exportação de cocaína pura para a Europa.

O crime organizado, alimentado pelos altíssimos ganhos do tráfico de drogas ganha força e se profissionaliza no Brasil e a cada dia subjugando e humilhando o nosso sistema integrado de segurança pública. Os recentes ataques de facções criminosas no Rio de Janeiro no mês passado mostraram isso. Foram 35 ônibus queimados, trens, caminhões e automóveis depredados em oito bairros da Zona Oeste carioca, um cenário de terra arrasada que afetou 2,5 milhões de pessoas. Nada de novo nisto. Cenários idênticos já vimos com esses ataques do crime organizado no Rio Grande do Norte e Amazonas uma prática recorrente que denota claramente quem questão de segurança pública quem dá as cartas no Brasil é o crime organizado.  Ponto final.

Acossado pela população para apresentar uma saída para o problema, o presidente Lula vociferou que jamais botaria as Forças Armadas nas ruas para combater criminosos. Mordeu a língua.  E em cincos dias voltou atrás e decretou uma GLO meia-boca para temporariamente acalmar os ânimos da mídia e da opinião pública determinando que apenas a Marinha e a Aeronáutica para patrulhar portos e aeroportos deixando de fora o Exército. Uma ponta solta que desguarneceu ainda mais as nossas fronteiras para os narcotraficantes inundarem de drogas o território brasileiro. Incompetência ou pareceria com o crime organizado?

Em um país onde a bandidagem avança sob o manto da impunidade acobertada pela leniência das nossas leis frouxas, onde um Ministro da Justiça entra de peito aberto em uma favela rigidamente controlada pelo tráfico sem qualquer tipo de segurança, onde toda a população assiste pela televisão, traficantes recebendo abertamente treinamento de guerrilha em pequenos campos de futebol, tudo acobertado por uma resolução do STF que impede a polícia adentrar favelas e morros e não permitir sobrevoos de helicópteros nessas áreas. Em respeito à inteligência dos meus diletos leitores, deixo a resposta à indagação anterior a critério de cada um, apenas respondendo a pergunta que originou o texto dessa coluna: sim!  A permanecer esse estado de coisas, em médio prazo, o Brasil lamentavelmente se tornará em um narcoestado.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Alexandre Costa

Alexandre Costa

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

Alexandre Costa

Alexandre Costa

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

Recomendado pelo Google: