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Reudesman Lopes Ferreira

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O adeus ao mestre

18/12/2014 às 19h49

Domingo, 14, fomos surpreendidos com a notícia vinda de João Pessoa até nós que dava conta do falecimento de Hermínio Felinto dos Santos, meu sogro, pai da minha digníssima Edinilza. Aos 95 anos de idade e já com o quadro de saúde extremamente debilitado a mais de 3 anos, ele veio a óbito. Homem de qualidades fantásticas, tem uma história de vida encantadora e por demais exemplar para quem a conheceu através da própria fala em contos que jamais se cansou em nos repassar. 

A primeira vez que o vi, me assustei, estava começando o namoro com Edinilza e naquela época, muitos pais não gostariam de ver a sua filha de mãos dadas com o namorado, pois bem, eu estava de mãos dadas e, quando demos fé, ele já estava em cima de nós, Edinilza tremia, eu também, entretanto, educadamente, ele passou por nós, deu uma olhada e foi embora. Essa eu jamais me esqueci. Para muitos, sargento, tenente Hermínio, para mim, mestre Hermínio, assim eu o chamava e o cumprimentava. Nasceu no município de Pombal e pertencia a uma família que vivia da agricultura, criança, logo entendeu que o caminho a trilhar seria os estudos, assim iniciou a sua breve jornada em uma escola lá mesmo onde morava, nos primeiros dias o professor observou que aquele menino seria um seu ajudante no ensino junto aos outros garotos da sala e foi. Rapaz, tomou a iniciativa de vir para João Pessoa e se integrar a Polícia Militar da Paraíba e assim o fez, incorporou-se na PM e fez desta o seu sacerdócio, como ele dizia, sentei praça. 

Soldado, cabo, sargento e tenente reformado, uma vida de extremada devoção à causa militar. No sertão, exerceu o cargo de delegado de Polícia em vários municípios a exemplo de Sousa, Triunfo, Antenor Navarro, Santa Helena, Cajazeiras, Aparecida, São Gonçalo e outras que aqui me falha a memória. O mestre Hermínio, apesar de não ter a oportunidade que deu aos filhos quanto aos seus estudos, foi um homem de uma inteligência rara e, seu presente favorito era um bom livro que após a sua leitura fazia questão de comentar para todos nós, e ou um quebra cabeças nunca inferior a 5 mil peças e com este, juntava ao seu entorno as suas netas para ajuda e entretenimento com elas. 

O mestre Hermínio se foi, mas, entre todos nós que tivemos a felicidade de sua convivência à certeza que ele nos deixou um imenso legado de ensinamento que traduziu todos os seus 95 anos de vida, ética, honestidade, amor à família e respeito ao próximo. A Deus os meus agradecimentos de participar dessa história da sua vida e de ser um membro desta família de pessoas que são exemplo.

Sousa contra
O presidente eleito da Federação Paraibana de Futebol já inicia o seu rumo à casa da bola provocando um rebuliço junto aos clubes profissionais do estado. Ele quer adiar o início do Campeonato Paraibano 2015 para o mês de fevereiro e assim recebe de alguns dirigentes um “não”, o presidente do Sousa Esporte Clube diz não aceitar tamanha imposição de Amadeu Rodrigues e foi o primeiro a se manifestar contrário, mas, pelo andar da carruagem a maioria deverá também se opor a alteração do calendário já aprovado pelo arbitral. 

Ela voltou
A eleição de Amadeu para a presidência da Federação Paraibana de Futebol se deveu e em muito ao trabalho nos bastidores de Rosilene Gomes. Apedrejada por alguns daqueles que se opuseram ao jeito dela de mandar no futebol paraibano, a sua volta é uma contraprova de todos os que a rejeitaram. Agora “vão ter que a engolir”, e disso não me afasto um momento. Entendo que mesmo Amadeu dizendo que é ele o mandão da FPF, a mandona mesmo será Rosilene, mesmo porque a vitória dele foi sob o comando dela e isso ele jamais poderá negar.

BOLA DENTRO
Para o campeonato mirim e infanto juvenil realizado pela Secretaria de Esportes e Liga Cajazeirense de Desportos. Sem dúvida, um trabalho fantástico daqueles que vivem e respiram a base no nosso futebol. Para todos vai a NOTA 10!

BOLA FORA
Para o presidente da FPF Amadeu Rodrigues. Nem sentou na cadeira e já começa uma briga contra os clubes do futebol paraibano. Juízo caro presidente, se dividir não vamos a lugar algum. Por isso vai a NOTA 0!


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

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