Nomeações políticas, orçamentos limitados e suas consequências
Por: Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira – Meus caros: Especialmente aos que sobreviveram das festas de Natal, Ano Novo. Tenho um amigo de tempos atrás que ao ver a queda da ponte que separa os estados do Maranhão e do Tocantins, ficou estarrecido, como todos nós, pela falta de atenção, visto que menos de um ano atrás, foi feita uma reportagem onde se mostra o estado de precariedade em que essa ponte se encontrava. E ele ainda acrescentou que o diretor o DNIT do Maranhão seja um psicólogo, ao invés de um Engenheiro ou alguém que tenha uma formação mais direcionada para o setor dos transportes rodoviários, em que eu concordo em gênero número e grau.
Mas essa tem sido a tônica de nossa República desde o Século XIX, que já recebeu do Império. Os apaniguados e o nepotismo continuam a imperar no Brasil Há 500 anos, pois na “Certidão de Nascimento” de nossa terra, a carta de Pero Vaz de Caminha, ele já aponta um cunhado como um possível administrador da “terra em que se plantando tudo dá”. E tal prática era e continua até hoje, com suas atualizações que pouco mudaram.
No governo anterior, se nomeou um general especializado em logística, que nem sabia o que era o SUS para comandar o enfrentamento da maior pandemia de nossa História recente, e os resultados foram os piores possíveis, como devem ser os resultados de um psicólogo comandando o DNIT do Maranhão. Ainda bem que eu não moro por lá.
Mas, vamos em frente: nosso país que tem uma malha rodoviária de 1.720.909 km de extensão segundo o Google (o oráculo pós moderno), tem na fatia da nossa pizza orçamentária, um percentual de 0,9 %. Isso nem com o maior especialista do planeta, esse conseguiria fazer o recapeamento, a manutenção das rodovias, das novas rodovias a serem construídas, e terem um plano que garanta sua manutenção, o que obviamente dispondo de tão parcos recursos, não se pode esperar, agora é uma obrigação da sociedade como um todo exigir que sejam remanejados os recursos de preferência para o pagamento de uma dívida nunca auditada, mas se isso acontecer, a grande imprensa e os outros setores do tal “mercado”, derrubam qualquer governo. Usam e abusam de quaisquer recursos para que suas rendas não sejam afetadas.
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Isso no Brasil, no Estadoa Unidos, que tem o recurso de imprimir dólar, e sua dívida interna é muito maior do que a do Brasil, mas não existe o conceito apocalíptico de que grande parte de nossa sociedade aposta sempre contra o Brasil, e mesmo com um governo que quer “arrumar a casa”, apostaram na loucura de um capitão negativista, sem o menor compromisso com o povo que o elegeu, e que por quatro anos tentou desmanchar todas as nossas conquistas em que o povo fosse beneficiário, ou seja, governou o Brasil contra os brasileiros. E formou uma massa de manobra que ao invés de tentar pensar Brasil de forma que se fosse para o progresso do próprio, se tentou voltar aos tempos do obscurantismo, e muita gente, com raivinha de certa parte do que se convencionou chamar de “esquerda”, fica na bobagem de levantar bolas para a Direita chutar. Então essas com essas pautas equivocadas, vão perdendo as ruas. O povão não vai sair para as ruas para defender direitos de minorias, ele sai para defender seu emprego, ele sai para que tenha sua casa, ele sai para que não falte comida. Isso, as chamadas “esquerdas eu já tem”, não se interessam e a tal “extrema Direita”, vai criando e apresentando seus fantasmas e inimigos recriando o fantasma do “comunismo” e outros afins, e outras mentiras. E o povão sem orientação vai caindo em suas mentiras, e mesmo árvores, votando no machado.
E muitas pautas da esquerda são também equivocadas. Esse conceito de que o petróleo da Amazônia não deva ser explorado, não o é pelo \brasil, mas fez países periféricos como a Guiana Inglesa e o Suriname, se tornarem de repente, países com alto grau de investimento, mesmo caso da reserva Raposa – Serra do Sol, que como reserva intocável, os índios de lá que arrendavam para os rizicultores, perderam seu sustento e vivem de esmolas, sem terem onde trabalhar. uma aldeia que só tem uma médica, pois se proibiu a construção de uma estrada, e vive isolada do resto do país. O que pode comprometer uma estradinha no enorme ecossistema da Amazônia? Não sou o dono da verdade, mas temos que ter racionalidade para administrar nosso país. Nem tento ao mar, nem tanto a terra.
Tenho dito.
João Pessoa, 06 de janeiro de 2024.
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