Milésima edição do Gazeta
Desde o dia 1º de janeiro de 1999, até hoje dia 02 de fevereiro, emplacamos mil edições do semanário GAZETA DO ALTO PIRANHAS, projeto que nasceu com a disposição de ser um veículo de comunicação que pudesse traduzir os anseios da Região do Alto Piranhas e principalmente da cidade de Cajazeiras, sem dia nem hora de findar.
Nunca consegui entender a descrença de muitos com relação ao nosso jornal e quase todos os dias ainda sou indagado se ainda circula. Mais recentemente tenho sido abordado quando o mesmo deixará de ser impresso e passar a ser editado somente nas plataformas sociais. Tenho ficado em silêncio porque nem eu mesmo sei até quando manteremos esta trincheira de resistência e por outro lado não tenho o menor desejo de deixar de editá-lo.
Na realidade este jornal é uma das grandes paixões de minha vida e nada mais me dá alegria e prazer do que vê-lo todas as sextas-feiras circulando pelas ruas de Cajazeiras, nas cidades da região e postado nos correios para os assinantes espalhados pelo Brasil, com noticias, artigos, documentos históricos e fotografias que indiscutivelmente no futuro terão um valor grandioso para todos aqueles que se dedicam à pesquisa.
Quando tenho a oportunidade de ler e rever os jornais de Cajazeiras publicados há cem, oitenta anos tem sido motivo e incentivo para não esmorecer diante das inúmeras dificuldades e incompreensões que ao longo destes 19 anos de vida deste jornal tenho encontrado sempre. As palavras de incentivo e encorajamento são ralas e poucos compreendem o valor e a simbologia deste veículo para a cidade que se propõem a ser a “que ensinou muitos sertanejos a ler” ou a de terra da cultura.
A milésima edição só foi possível porque encontrou ao longo deste tempo pessoas, que apaixonadas e desprendidas, acreditaram e gostam da imprensa escrita e que vêem neste veículo a forma mais simbólica de registrar os fatos de nosso povo e de nossa gente.
A velocidade dos meios sociais em divulgar é simplesmente extraordinária, mas com a mesma velocidade perde o seu encantamento, diferente do jornal impresso, que normalmente você preserva aquela noticia que lhe interessa. Conheço assinantes que tem arquivados cuidadosamente todas as edições do Gazeta e este fato nos dá prazer.
Tenho feito sempre esta pergunta a algumas pessoas que têm a capacidade de formar opinião: – você acha que este semanário tem alguma representatividade para a cidade de Cajazeiras e por unanimidade respondem que sim e vão mais longe na resposta: qualquer pessoa que se dispuser a escrever a História de Cajazeiras não pode ignorar uma das mais importantes fontes que são as 16.000 páginas do Gazeta destes 19 anos de sua existência.
Ao longo deste tempo aprendi muitas lições: que na maioria absoluta a noticia só é boa e interessante quando é elogiosa a uma pessoa, a um grupo ou a um partido político e quando a noticia foi considerada “ofensiva”, por diversas vezes, fomos parar nas barras dos tribunais, mas felizmente, em todas fomos julgados inocentes.
Outro fato que gostaria de registrar é que nunca “censuramos” nenhum artigo ou opinião escrita pelos nossos colaboradores, muito embora tenha sido, por inúmeras vezes, criticado e censurado por permitir a publicação de determinadas matérias e artigos. E a minha resposta sempre foi: – escreva contestando que eu publico e isto nunca aconteceu.
O jornal sempre esteve aberto para todos aqueles que desejassem publicar um artigo ou indicar uma pauta de interesse da comunidade. Continuamos aceitando sugestões.
A cada semana, quando tomo nas mãos uma edição do Gazeta, é como se fosse mais um filho ou uma batalha vencida que deixo registrado na minha vida.
Que o Gazeta tenha vida mais longa ainda e que as pessoas que têm me ajudado de forma extraordinária o nosso eterno agradecimento, reconhecendo que a elevação da alma de um homem é o tamanho da gratidão que ele traz em seu coração.
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