Memória Eleitoral de Cajazeiras: o processo sucessório de 2008*
A vida política do município de Cajazeiras está em plena ebulição. A gestação dos candidatos a vice-prefeito indica um parto muito difícil e poderá ser até necessário uma intervenção cirúrgica, principalmente entre a chamada oposição, que tem como candidato a prefeito o médico Léo Abreu. Esta situação levou o deputado estadual Jeová Campos apelar ao senador José Maranhão a se fazer presente no próximo dia 21 de junho, em Cajazeiras, e tentar acomodar os vários candidatos à vice e chegar a um único nome.
Enquanto na situação, como os “caciques” são apenas dois: Carlos Antonio e José Aldemir e como um já tinha indicado a cabeça de chapa ao outro caberia a escolha do candidato à vice. José Aldemir, com vários nomes a sua disposição declinou o de sua esposa Dra. Paula Meireles para compor a chapa do empresário Marinho.
Outras lideranças, sem muito peso, acreditam que este prévio lançamento da Dra. Paula foi apenas um balão de ensaio e que o verdadeiro candidato vai ser ungido momentos antes do último dia que a legislação permite, a exemplo do que aconteceu com Padre Francivaldo que foi escolhido no apagar das luzes para ser o vice de Carlos Antonio, em 2000.
Filiados dos outros partidos aliados não estariam satisfeitos com esta escolha porque os dois candidatos pertencem à mesma sigla partidária: o Democrata, quando o correto seria, segundo “os insatisfeitos”, que outros partidos fossem contemplados. Muito embora haja opiniões de que nada disto esteja acontecendo no âmbito da situação, mas prefiro ficar com o velho ditado: “onde existe fumaça, existe fogo”.
Outro fato que merece registro esta semana, no processo sucessório, foi o lançamento de mais um candidato a prefeito de Cajazeiras, da líder comunitária Kátia Brilhante, pertencente ao Partido Progressista, decisão esta tomada em reunião do Diretório Municipal, cuja convenção já está marcada para o dia 28 de junho. Na realidade esta candidatura está sendo igual à de Telma Elizabeth Gambarra da Nóbrega (PDT), e tirou 234 votos, que tinha como vice Apolônio Gouveia Rolim, no ano de 1996, quando concorreram ainda os dois médicos Epitácio Leite Rolim (PFL), eleito com 12.725 votos, contra Antonio Vituriano de Abreu (PPB) que tirou 12.289 votos. A candidatura de Telma Gambarra foi apenas para acomodar o grande número de candidatos a vereadores, a exemplo do que está acontecendo com o lançamento de Kátia Brilhante pelo PP e que poderá se coligar com o PMN e abrigar nestas legendas 20 candidatos a vereador quando todos deverão pedir, em silêncio, votos para o candidato a prefeito Mário Messias. Kátia Brilhante seria como popularmente se conhece uma “candidata laranja”.
Até o presente, de fato, candidatos certos só existem Léo Abreu e Marinho.
A histórica rivalidade vai continuar entre os dois principais grupos políticos da cidade, agora com roupagem nem tanto diferente de outras lutas partidárias, ficando apenas um desejo de um determinado segmento da saciedade da formação de uma terceira força política, que ainda não aconteceu desta vez, quem sabe no futuro….
*Publicado na edição 496 (13 a 19 de junho de 2008)
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário