Medalha Padre Rolim: uma honraria que me orgulha
Por José Antonio
Em Sessão Solene, a ser realizada em Cajazeiras, neste dia 20 de maio, a Assembléia Legislativa da Paraíba, deverá me conceder a entrega da Medalha Padre Rolim, uma propositura do deputado Jeová Campos, ao lado de outros queridos amigos, também agraciados: Francelino Soares, Chagas Amaro, Frassales Cartaxo, José Cezario, José Cavalcanti e dos padres Francivaldo Albuquerque e Antonio Luís.
Honra-me a medalha. Orgulha a mim e aos meus. Enobrece a profissão de professor e vindo da Casa de Epitácio Pessoa, que é a simbologia mais sublime do poder do povo da Paraíba, ela se torna mais importante e representativa para minha vida.
Guardarei comigo esta medalha, primeiro no coração e a colocarei também num lugar de destaque de minha casa, para que meus filhos e netos possam também dela se orgulhar.
Terei sempre na memória o mais representativo sentimento que um homem pode ter: o da gratidão, no santuário do meu coração. Gratidão ao deputado Jeová Campos e aos seus nobres pares, pela aprovação e concessão desta honraria.
O que me fez receber, na casa do povo da Paraíba, esta medalha?
Não tenho obras de pedra e cal, mas gostaria de dizer aos irmãos paraibanos, que por mais de meio século dei a minha modesta contribuição, na formação educacional de muitos filhos deste estado, como professor do Colégio Estadual Professor Crispim Coelho, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras e da Universidade Federal de Campina Grande, por mais de meio século e nos dias atuais, como pesquisador da História de nossa cidade.
Plantei idéias e valores culturais, cultivei o amor à terra natal, no território do coração de cada aluno meu e hoje me sinto muito feliz ao reencontrá-los e vê-los brilhando muito mais do que seu velho professor.
A educação será sempre o bem maior de qualquer povo e o patrono desta medalha, o Mestre Padre Rolim, foi e continua sendo o exemplo maior para todos nós pois fez uma revolução, tendo como armas uma caneta, um livro e a palavra.
Mas outros grandes e nobres exemplos ele semeou nos sertões áridos do Nordeste: libertou, casou e batizou escravos, plantou e colheu trigo para matar a fome do povo, ensinou a fazer irrigação e armazenar água. Foi um grande botânico do seu século, que ao publicar um livro de ciências naturais já defendia o meio ambiente.
Teve a sua grandeza reconhecida como educador, pelo Império, ao receber duas honrosas medalhas. Como missionário pregou a palavra que orientou, que construiu, que perdoava, que auxiliava e esclarecia. Foi tão grande na sua humildade, que jamais aceitou cargo algum, sequer o de ser vigário de sua terra.
Não se preocupou apenas em salvar almas, mas com o destino do corpo após a morte e trabalhou incessantemente para a construção de um cemitério público em nossa cidade, que foi o primeiro do Alto Sertão, bento por ele em 16 de novembro de 1851, que recebeu o nome de Coração de Jesus, infelizmente foi destruído.
É muito difícil medir a grandeza do Patrono desta medalha e é uma responsabilidade muito grande quem a recebe e vai conduzi-la no peito.
Padre Rolim será sempre maior que o tempo, ele é e vive na eternidade.
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