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José Antonio

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Luta pela Universidade Federal do Sertão

27/04/2018 às 09h36

Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE)

Cajazeiras precisa retomar a luta pela criação da Universidade Federal do Sertão

O Estado de Pernambuco acaba de ganhar mais uma Universidade. É a quinta. A Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE), criada através de Projeto de Lei 5272/2016, que após aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal foi sancionada, como Lei Federal nº 13.651, pelo presidente Michel Temer.

A UFAPE resultou do parecer de Armando Monteiro a um projeto de lei originário da Câmara dos deputados implantando a Universidade Federal do Delta do Parnaíba, no Piauí, que foi sancionada na mesma data pelo presidente da República. Mas a grande conquista se deve muito ao então Ministro da Educação Mendonça Filho, que é deputado federal por Pernambuco.

Vai ter um investimento inicial de R$121 milhões e será implantada através do desmembramento da atual Unidade Acadêmica de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

A escolha de Garanhuns – cidade situada a 230 km do Recife, com população de 138 mil habitantes – como sede da UFAPE se justificou não apenas por aproveitar as instalações locais da Rural, como pela relevância socioeconômica e cultural do município, um pólo de desenvolvimento da região. Os alunos da UFRPE na cidade passam a integrar automaticamente a nova universidade. A lei cria os cargos de reitor e vice-reitor, além de 600 cargos de professor na instituição e também postos administrativos.

O campus da UFRPE que será transformado na nova universidade oferece atualmente os cursos de veterinária, agronomia, ciência da computação, zootecnia, engenharia de alimentos e licenciaturas em letras e em pedagogia. 1,6 mil estudantes formam o atual corpo discente da UFRPE em Garanhuns, que será transformada em UFAPE. 560 vagas foram oferecidas na última edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Há mais de oito anos que o jornal GAZETA DO ALTO PIRANHAS, publica em sua capa o número de dias que uma luta foi iniciada para criação da Universidade Federal do Sertão. Muitos esqueceram, mas restou este espaço de 3,00×5,00 cm, que lembra que uma chama foi acesa há exatos 3.124 dias e que a mantemos acesa para simbolizar que os cajazeirenses devem continuar sonhando com esta conquista.

Cajazeiras, cidade pioneira na criação de cursos superiores dos sertões nordestinos, pensa, sonha e deseja a sua “libertação” e independência para ter nas mãos o seu próprio destino e a liberdade de propor, criar e ampliar seus cursos superiores.

No primeiro momento a comunidade acadêmica foi contra a criação e ainda existem focos de resistência à ideia, mas não devemos ter este fato como uma barreira intransponível, pois sabemos que este ato é eminentemente político e o exemplo maior tivemos, quando o ministro de então era Mendonça Filho, criou a Universidade Federal do Agreste.

Cajazeiras tem condições de ser a sede da nova universidade? Claro que tem e com sobradas razões e números. O Campus da UFCG, em Cajazeiras, tem números bem superiores aos da recém criada UFAPE. Foi um desejo eminentemente de ordem política, nascida das lutas dos líderes pernambucanos no Congresso Nacional.

O que nos falta? O que tem de sobra em Pernambuco: deputados e senadores imbuídos do propósito de ver seu estado crescer, principalmente na área educacional, que é a única saída para libertar o povo.

Enquanto pensarmos pequeno, jamais seremos o gigante que merecemos ser.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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