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Radomécio Leite

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Luta de gigantes: Marcos e Severino

06/12/2008 às 19h00

Em algumas das eleições, do presidente da Câmara Municipal de Cajazeiras, desde os idos de 1863, tem sido motivo de muitas e relevantes lutas nas entranhas dos partidos e entre o pequeno número de eleitores.

Atualmente os dez votos têm sido muito disputados e a cada dia que se aproxima a data da eleição mais nebuloso e misterioso fica o processo eleitoral e continua existindo uma indefinição de quem será o eleito.

Dois são os candidatos: Marcos Barros (PSDB), que tenta a sua quinta eleição como presidente da casa e Severino Dantas (PT), que tem como principal discurso a bandeira da renovação.

Marcos Barros, que foi eleito vereador pela atual situação, diz ter em mãos uma lista com seis assinaturas de apoio e adesão ao seu nome. Enquanto Severino Dantas teria apenas o apoio de seus companheiros eleitos pelo Partido dos Trabalhadores: Marcos do Riacho do Meio e Delzinho. Severino tem um forte e poderoso aliado que é o prefeito eleito médico Léo Abreu, que defende e apóia o seu nome como candidato.

Comenta-se nos bastidores da política, que logo depois das eleições o vereador Marcos Barros teria recebido a visita do prefeito eleito, Léo Abreu, e esta visita teria sido retribuída logo em seguida. Ambas teriam ocorrido em suas residências. Léo teria procurado Marcos em função de vários projetos que estavam tramitando na Câmara Municipal, oriundos do poder executivo, que do seu ponto de vista, se aprovados, poderiam tornar inviável a sua administração. Nesta ocasião pode ter ocorrido “uma troca de favores”: Marcos teria mecanismos regimentais que bloqueariam a aprovação dos projetos e em contrapartida Léo poderia prestar o seu apoio para o retorno de Marcos para a presidência da câmara. Até ai nada demais.

No decorrer do período legislativo, Dr. Léo teria ainda despachado vários emissários para conversas a respeito do assunto, junto ao vereador Marcos Barros e o mesmo teria agido conforme o combinado. Fala-se, inclusive, que a aprovação da extinção da Taxa de Iluminação Pública não teria chegada ainda na mesa do prefeito Carlos Antonio para o devido autógrafo, fato que do ponto de vista legal não sei se isto pode ocorrer. Outros projetos foram encaminhados para a Comissão de Transição, para análise e todos já teriam recebido parecer desfavorável.

Esta posição assumida pelo vereador Marcos Barros estaria sendo vista pelos correligionários de Carlos Antonio e pelo próprio como um “ato de traição” e a partir daí, Carlos teria passado a “bloquear” a pretensão de Marcos voltar a presidir a mesa diretora da câmara e a defender o nome de Severino Dantas. Carlos tem dito ainda que vai dar de presente ao médico Léo Abreu a presidência da Câmara.

Comenta-se ainda que o prefeito eleito, Léo Abreu, agora sem mais precisar das ações de Marcos Barros, pois o período legislativo ordinário já foi encerrado, e tudo teria ocorrido como esperava, já está defendendo a eleição de Severino e já se movimenta pedindo votos junto a vereadores eleitos pelas oposições.

Marcos, a esta altura já teria perdido o apoio de Carlos Antonio e por extensão os votos de alguns vereadores que vão realmente fazer oposição à futura administração.

Em contato com um importante líder da futura oposição o mesmo me disse ter estranhado a posição assumida por Marcos e que ele poderia aguardar que o “troco” vinha andando por aí e frisou: “a vingança é um prato que se come frio”.

A quem Marcos teria “agradado”, no caso o futuro prefeito, talvez não tenha nada para lhe oferecer e quem poderia lhe garantir o seu retorno à presidência da câmara estaria ferido de morte e sem disposição e força para ajudá-lo.

Muitas são as perguntas: mas o Poder Legislativo não é independente? O que é que os prefeitos têm com a eleição da câmara? Os prefeitos chegam inclusive a afirmar: nada tenho a ver com a eleição da câmara. Mas todos nós sabemos que não é bem assim.

Pelo andar da carruagem, Marcos vai ter que arranjar “bons cavalos” para puxá-la, caso contrário, Severino Dantas com bem menos poder de locomoção, usando a cabeça e o poder vai chegar bem na frente de Marcos. Na história da câmara municipal de Cajazeiras já vi muitos episódios iguais a este. A definição mesmo só no dia 1º de janeiro.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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