Largada para as eleições
Por José Anchieta
Os municípios sertanejos são palco, neste início de ano eleitoral, de uma verdadeira corrida dos partidos políticos e seus agentes para as eleições de outubro próximo. Ainda que beneficiados com a diminuição do tempo de campanha e a tão desejada ampliação do prazo de filiação, as legendas se articulam, visando, sobretudo, ganhar musculatura suficiente para os embates que se aproximam.
Esse é, inegavelmente, um cenário já muito presente nos municípios, apesar da indiferença de grande parte da população que, aliás, anda muita insatisfeita com a nossa classe política. E não é pra menos: em tempos de inflação, denúncias de corrupção, caos no sistema de saúde pública, avanço de várias doenças e crise hídrica, entre outras dificuldades de toda ordem, o povo dá sinais claros de muita indignação, principalmente contra as gestões nas diversas esferas do poder.
Mas, é nesse embalo das disputas municipais que, tradicionalmente, conseguem ganhar contornos de acirramento, que os bastidores se agitam e prometem muito. Em Cajazeiras, por exemplo, há uma expectativa muito grande em torno das definições de alianças e candidaturas, principalmente no seio das oposições, que trabalham para o lançamento de um projeto único ou pelo menos que agregue o maior número possível de forças políticas que se colocam nesse campo.
O deputado José Aldemir não assumiu ainda a condição de pré-candidato, mas sinaliza muito forte nessa direção. Ele já anunciou, inclusive, que vai se filiar ao PP de Aguinaldo Ribeiro, até março, exatamente, com a garantia de espaço para uma possível candidatura. E esse ato de filiação, segundo já se especula, deverá ser muito prestigiado, podendo gerar fatos novos e decisivos nos rumos da oposição local.
Para alguns observadores, o deputado deverá fazer do ato de filiação ao Partido Progressista, o grande momento de uma decisão importante de sua trajetória política, o que vem gerando muita expectativa entre seus amigos, aliados e os meios políticos em geral de Cajazeiras e da região, onde ele exerce essa atividade. Há quem aposte, inclusive, no anúncio de uma composição de forças para fazer frente ao atual esquema governista. E aí caros leitores é preciso aguardar mais um pouco para se saber o que realmente pode acontecer até lá.
Pois bem, esse é o clima. A palavra de ordem entre os partidos é viabilizar as melhores condições de disputa, objetivando conquistar o maior número possível de prefeituras e vagas nas casas legislativas. E para os analistas políticos, o momento pré-eleitoral é muito importante em qualquer eleição, notadamente no âmbito municipal.
Esse argumento é simples: em muitos casos, as eleições começam a se decidir no momento das definições sobre as alianças partidárias. Ou seja, em muitos casos, ganha a disputa quem consegue fazer a melhor composição. São lições, inclusive, que ficaram de pleitos passados, e que reforçam essa tese. A verdade mesmo é que foi dada a largada para a sucessão municipal, e o caldeirão político, como diz o amigo Chico Cardoso, começou a ferver pra valer.
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