VÍDEO: Engenheiro civil lamenta burocracia para implantação de aterros sanitários no Brasil
O profissional mostrou que a quantidade de cidades no país que possui aterros sanitários é muito pequena, mas explicou que os muitos requisitos exigidos pelos próprios órgãos ambientalistas, acabam atrapahando a efetivação de tais obras
Na coluna semanal Diário de Obras, o engenheiro civil Fernando Figueiredo falou sobre a diferença entre aterros sanitários e lixões. O profissional disse que dos 5.570 municípios brasileiros, apenas cerca de 700 possuem aterros sanitários. Segundo ele, esse número também é “vergonhoso” quando se trata de Paraíba. De acordo com Fernando, das 223 cidades, aproximadamente 30 possuem o empreendimento.
O engenheiro explicou que mesmo sendo uma recomendação ambiental, os próprios órgãos que norteiam as leis ambientalistas, sufocam os governantes com as tamanhas exigências para a construção dos aterros. Segundo ele, torna-se “uma missão praticamente impossível” devido às demandas.
Fernando citou por exemplo que os aterros precisam ser construídos distante das cidades, de núcleos populacionais, de aeroportos, e vários “outros critérios subjetivos”, que tornam quase inviáveis a resolução do problema com o lixo.
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“É muito complicado de se ter um aterro sanitário no Brasil por conta das burocracias, das barreiras que impõe para se produzir o melhor sistema que tem, então, a burocracia imposta no Brasil na minha opinião é o principal impecilho que faz com que a gente não tenha muito mais aterros sanitários no solo nacional”, disse o profissional.
Lixões, aterros sanitários e aterros controlados
Segundo o colunista, são três os tipos principais de coleta de lixo no Brasil. Ele citou os lixões, os aterros sanitários e os aterros controlados.
Lixão – O lixão, segundo Fernando, é o famoso “a céu aberto”. “É a pior forma que existe, não há um sistema de tratamento, é um sistema completamente irregular, arcaico e proibido”, foi taxativo;
Aterros controlados – São ambientes que recebem resíduos mais perigosos, por exemplo: residuo hospitalar, “então eles precisam realmente ir para aterros especiais, para locais especiais que são ambientes controlados”;
Aterros sanitários – São locais que recebem os resíduos de forma geral. Ele deu o exemplo de que são como se fossem piscinas. “Você faz o tratamento do solo, você coloca um solo especial que seja impermeável, que não deixe passar os resíduos. Você impermeabiliza, então você faz como se fosse tanques, células que a gente chama de forma técnica. Quando essa célula é cheia, você coloca mais solo ao redor e tampa e fica impermeável e você muda isso para outro local. Essa é a forma de se fazer aterro sanitário no Brasil”, detalhou.
O profissional discorreu ainda sobre medidas de reutilização dos resíduos como extração de energia elétrica; reaproveitamento por meio da indústria de reciclagem; educação familiar, onde deu exemplos de outros países que famílias são responsáveis pela coleta do lixo gerado por cada casa; citou realidades regionais como no Sertão da Paraíba; entre outras abordagens relevantes. Veja a coluna completa no vídeo acima do texto.
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