Instituto Federal do Sertão já é um Projeto de Lei
Cajazeiras é o segundo Instituto Federal de Educação mais antigo da Paraíba, graças à iniciativa do então deputado federal Edme Tavares de Albuquerque e ao longo da história se consolidou e se expandiu de tal forma que suas avaliações têm indicado ser o melhor da Paraíba.
Entre as lutas de Cajazeiras tem sido pautada a expansão desta unidade de ensino, atualmente agregada a de João Pessoa, que passa necessariamente pela criação de uma nova reitoria e para isto tem um grupo de professores vivamente interessado nesta “separação” e vem recebendo o apoio decisivo da sociedade civil organizada de Cajazeiras, formado por um grupo de empresários já afeitos a este tipo de luta, a exemplo da conquista da Faculdade de Medicina, além de outra iniciada há alguns anos para a criação da Universidade Federal do Sertão.
Para esta expansão o IFPB – Campus de Cajazeiras recebeu a doação de um terreno de 40.000 metros quadrados de área, onde será instalado o Pólo Tecnológico, ou quem sabe a sede do que seria a futura reitoria, caso saiamos vitoriosos nesta luta que ora se defende em nossa cidade.
Mas, infelizmente, nossas forças ainda não são suficientes para quebrarmos estas “amarras”, a exemplo de uma dotação orçamentária no valor de R$150.00,00 da lavra do deputado federal Luis Couto, que seria destinada para a construção do muro do novo terreno, teria sido desviada pela reitoria, em João Pessoa, para outra obra. Lamentável.
O professor Daladier Júnior, um dos entusiastas em defesa do Campus de Cajazeiras, como a sede da reitoria do IFPB Sertão, tem apresentado argumentos os mais valiosos possíveis para referendar esta nobre causa, dentre elas a de que “juntos podemos transformar Cajazeiras num pólo de Tecnologia fortíssimo. Hoje nossos alunos do Curso Superior de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IFPB estão todos empregados, mas não em Cajazeiras”. Defende ainda o professor que: “Precisamos gerar emprego e renda de qualidade pra desenvolver nossa cidade, para isto devemos buscar uma parceria entre a futura Fundação Parque Tecnológico da Paraíba.
Para que esta idéia do professor Daladier se torne uma realidade, necessário se faz que sejamos donos do nosso próprio destino e que não fiquemos atrelados à reitoria, em João Pessoa.
Precisamos ficar atentos, pois o governo sinaliza por criar mais uma reitoria e até o fim do mês enviará ao MPOG – Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão a proposta de rearranjo dos IFETs, propondo a descentralização de autarquias para otimizar a prestação de serviços à população e, por conseguinte, dos arranjos produtivos locais. Este envio ao MPOG obedecerá ao decreto 6944/2009.
Precisamos ficar atentos a tramitação deste processo entre os gabinetes dos ministérios e do Congresso Nacional, e para isto já foram acionados o prefeito Zé Aldemir e o senador Raimundo Lira. Como este processo tramita pela Câmara Federal, aí é que reside o “perigo”, pois temos que bater às portas de deputados “estranhos”, já que nós estamos órfãos nesta casa legislativa. A quem recorrer se tem outras cidades que também desejam ser sedes do Instituto Federal do Sertão? Eis a questão!
Mas é preciso lembrar que Cajazeiras é o mais antigo campus, tem o maior número de alunos e professores, detém os melhores índices e resultados disparados em relação aos seus concorrentes, sem esquecermos uma posição privilegiada com relação à procura dos cursos ofertados pelas unidades do sertão, a que melhor se posiciona.
Esta é uma luta que pertence a Cajazeiras e que não podemos esmorecer diante dos obstáculos. Precisamos vencê-la.
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