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Radomécio Leite

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Indignação

13/01/2010 às 20h43

Por José Antonio

Estão negociando e vendendo o meu voto. Esta é a sensação que tenho sentido a cada notícia que leio nos jornais ou ouço nas emissoras de rádio, quando os candidatos prestam declarações as mais descaradas possíveis se proclamando donos dos votos do povo de Cajazeiras e que estão prontos para fazer negócios com os mesmos. Uns querem trocar em moeda viva, a preço de ouro, outros em trocas de empregos, contratos para construções de obras, locações e vendas de veículos e outros inúmeros tipos de escusos negócios.

Compromissos com as causas populares, nenhuma, já que eles, os políticos não têm com eles e entre eles mesmos. Os compromissos de ontem já não valem para a campanha do amanhã. Princípios de fidelidade partidária, nenhum, já que muitos deles nunca leram sequer a carta do partido a que pertence. Começou pra valer o leilão: quem dar mais?

Cada líder (?) é dono de um pedaço do eleitor cajazeirense: desde o último suplente de vereador até o mais votado; do presidente de uma entidade rural ou urbana ao inspetor de quarteirão querem e desejam negociar “os votos que diz dominarem”.

E nós nos transformamos em “bucha de canhão”, levando pólvora nos “fundilhos” para fazer a alegria de uma classe, que em nosso país, está completamente desacreditada e rejeitada. E o povo, que não vem sendo nada besta, segue a mesma trilha: voto, só se for em troca da mesma moeda. E como não poderia deixar de ser, e com muita sabedoria, vai também enganando a todos e recebe de quem bate a sua porta e no dia da eleição pode até votar em quem não lhe deu nada.

Trair é o desejo de muitos e a palavra vingança é a que mais se houve neste momento. O povo diz: chegou a minha hora: o que aquele político fez comigo agora nesta eleição vou dar o troco e acaba votando no mais ferrenho inimigo do seu ex-aliado.

Eleitores mais atentos vêm observando, desde alguns dias atrás, como se comportam os que se dizem candidatos a cargos eletivos e que se proclamam “de Cajazeiras” e que se eleitos querem ser os nossos porta-vozes. Precisamos ficar atentos e prestarmos muita atenção como estas candidaturas vão ser postas e principalmente como elas estão sendo construídas e em que bases. Devemos nos lembrar que muitos que se proclamavam, em eleições anteriores defensores de nossas causas, depois de eleitos, nunca mais apareceram por aqui. Vamos ficar de olho muito aberto para que nossa indignação não se torne cada vez maior.

João Paraibano

Li e gostei de duas estrofes de João Paraibano, que neste inicio de ano aproveito para repassar para os meus amigos:
“Faço da minha esperança
Arma pra sobreviver
Até desengano eu planto
Pensando que vai nascer
E rego com as próprias lágrimas
Pra ilusão não morrer”.

“Há três coisas na vida
Que Deus me deu e eu aceito:
A terra para os meus pés
A viola junto ao peito
E um castelo de sonhos
Pra ruir depois de feito”

Agradecimento
Aproveito os versos de João Paraibano e agradeço as manifestações de carinho e apreço dos amigos que me telefonaram para falar sobre os 11 anos de vida do GAZETA, e dizer a todos “que este castelo de sonhos” ainda não ruiu e a esperança continua sendo “regada por muitas lágrimas” e espero que a minha “ilusão não morra jamais” e a cada edição que circula sinto como se fosse um filho que nasceu para fazer parte da História do Jornalismo de nossa querida cidade de Cajazeiras. A luta continua.

João Mendes
O poeta cajazeirense João Mendes da Cunha, que reside em Campina Grande, às vésperas de completar 87 anos de vida, enviou-me um soneto acrosticado, rimado e metrificado: “Os oitenta e sete anos”. Dono de uma memória privilegiada, além de dominar com perfeição a língua portuguesa é um eterno apaixonado por Cajazeiras. Ao dileto amigo desejo muita saúde e um ano novo com muita bonança. Agradeço a remessa dos calendários. Com certeza me lembrarei de você o ano todo.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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