Impressões de viagem (II) – Os Rios Sena e Tejo
Por José Antonio
Não deu tempo nem de desarrumar as malas e fico a desejar voltar a Portugal, mais precisamente a cidade de Lisboa, para navegar pelas águas do Rio Tejo, passeio que não foi possível realizar devido à exigüidade do tempo, já que no nosso roteiro havia outras visitas consideradas importantes.
São necessários muitos dias para se conhecer o que existe de belo no país que colonizou o Brasil, com certeza, a maioria de seus monumentos, tenha sido edificados com o dinheiro da venda de nosso pau-brasil, do açúcar produzido em Pernambuco e do ouro das minas gerais, além do pagamento dos benefícios feitos pela Coroa Portuguesa, com dinheiro tomado emprestado a Inglaterra, logo depois de nossa independência, para que Portugal reconhecesse o nosso país como uma Nação livre e Soberana, dando início a nossa divida externa, que hoje está num patamar exacerbadamente elevado.
Um dia ainda voltarei a Portugal para sentir o mesmo prazer de Pedro Álvares Cabral, que próximo da Torre de Belém, deu inicio a sua grande viagem, singrando as águas do Oceano Atlântico, para atracar na Bahia, em Porto Seguro, nas terras do Brasil.
O Rio Tejo, ao nele se navegar, vê-se seus badalados bairros e se aprecia suas tradições marítimas e de pesca, bem como sua importância estratégica na defesa de Portugal contra o ataque em tempos menos pacifico. Foi através dele que Dom João VI conseguiu fugir das tropas de Napoleão para o Brasil, o que redundou na nossa Independência.
Mas, já que não pude passear pelo Rio Tejo, tive a felicidade e o prazer de passear de barco (bateau mouche), pelo Rio Sena, que divide Paris em duas, considerado um dos ícones da cidade, possui uma extensão de 776 km e deságua no Canal da Mancha e sua superfície ocupa aproximadamente 75.000 km².
Do Rio é possível apreciar e avistar muitos dos seus principais monumentos e edificações, como Champs-Elysées, Museu do Louvre, Teatro Ópera, Torre Eiffel e a Universidade Sorbonne e de muitas e belas pontes, que são um registro vivo da história e da arquitetura, e dentre as trinta sete, a Ponte Alexandre III, me surpreendeu por sua exuberância e beleza ímpar.
Fiquei a imaginar o quanto estes dois rios são importantes para seus países, antes poluídos, mas que os governos resolveram a “ferro e fogo” e com pesados investimentos e grandiosas multas para que os poluíssem, os tornassem vivos e sadios.
Enquanto isto há quantos anos falamos em despoluir o nosso Açude Grande, que até o ano de 1964, suas águas abençoadas matavam a sede do povo de Cajazeiras? Os nossos sonhos ainda não morreram.
Companheiros de viagem
Nesta viagem que fiz a Paris e Lisboa, eu e Antonieta tivemos a grata satisfação de ter como companheiros os doutores Judson e Silvana (que por diversas vezes já haviam visitado estas cidades) e foram nossos “guias”, mais Edeildes e sua esposa Corrinha, Jobson, sua esposa Rafaela e sua graciosa filha Laura, Valdilanio (Totinha) e sua esposa Paloma, Dona Fátima Moreira, Sávio, Kassandra e seu lindo filho Davi (meu neto). Foram duas semanas de muitas alegrias e companheirismo. Saudades.
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