Guerra no Oriente Médio: a escalada da barbárie
Por Alexandre Costa – A escalada da barbaridade no Oriente Médio, patrocinada pelo Hamas, grupo terrorista palestino, ao atacar covardemente Israel no sábado (07/10) deu provas que o mundo atual vive um processo de desumanização reciproca em escala progressiva.
Esse desprezo pela vida humana registrado neste conflito vai entrar para história com cenas dantescas de carnificina que foge aos padrões de uma guerra convencional onde são estabelecidas regras para definir os chamados crimes de guerra.
Atos de selvageria perpetrados pelo Hamas que, partindo da Faixa de Gaza, numa ação terrorista invadiu Israel já matou 1500 judeus, decapitando e esquartejando mais de 400 bebês e crianças, sequestrando, estuprando e executando mais de 250 reféns além de utiliza-los como verdadeiros escudos humanos.
O recrudescimento da barbárie e estupidez humana não parou por aí. Em 14 dias de conflito mais de 3500 palestinos morreram na Faixa de Gaza. Nesta terça-feira (17) um ataque ao hospital al-Ali Aráb, o maior da Cidade de Gaza, matou pelo menos 500 pessoas deflagrando uma feroz guerra de versões na busca de identificar a autoria do ataque ao hospital que além de atender doentes e feridos também funcionava como abrigo para pessoas que ali se refugiavam dos ataques israelenses.
As forças de Defesa Israelense (IDF, na sigla em Inglês) saíram na frente negando a autoria do ataque e acusando diretamente a Jihad islâmica outro grupo terrorista que também atua na faixa de Gaza, atribuindo a causa a uma falha no disparo de um foguete artesanal dessa facção que ao errar o alvo que era contra o território de Israel provocou essa tragédia. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Senado Americano, prometeram abrir investigações para investigar o caso.
Afinal, o ataque ao hospital foi um mero efeito colateral do conflito ou uma ação deliberada da Jihad pra culpar Israel? Independentemente dessa resposta o ataque ao hospital já surtiu efeito. Israel recuou, temporariamente de invadir, por terra, a Faixa de Gaza para exterminar o Hamas numa operação militar, segundo especialistas, que entraria para história como um dos maiores extermínio de inocentes do mundo.
Enquanto a diplomacia fracassa, inocentes estão sendo dizimados em Gaza. O Egito não abriu sua fronteira para criação de um corredor humanitário para saída de estrangeiros, inclusive brasileiros, de crianças, idosos e mulheres da área do conflito. O Hamas, grupo terrorista que controla aquela região desde 2007, permitiu nesta quarta-feira (18), a entrada de apenas 20 caminhões com alimentos e suprimentos para os refugiados.
A escalada da barbárie atesta a fracasso da diplomacia para uma saída negociada de paz para dois povos que teimam em considerar seu, um mesmo território e que agora ameaça atrair países como Irã, Líbano, Síria além de grupos terroristas como Hezbollah e o Fatah podendo transformar um conflito localizado em uma perigosa guerra envolvendo todo o Oriente Médio com desdobramentos imprevisíveis na geopolítica internacional que pode levar a um conflito mundial.
Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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