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Rodrigo Limeira

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Grandes açudes do Semiárido com pouca recarga em 2018

08/03/2018 às 15h32 • atualizado em 08/03/2018 às 15h33

Açudes estão com pouca água na Paraíba (Foto arquivo - Diário do Sertão)

Mesmo com a perspectiva de boas chuvas nos próximos 03 meses, o estudioso Rodrigo Cézar Limeira reafirma que a maioria dos grandes açudes do semiárido da Paraíba devem armazenar pouca água em 2018. Tal fato refere-se à irregularidade do período chuvoso, prevista pelo estudioso bem no início do ano para os meses de janeiro e fevereiro, e que também deve ser observada no corrente mês de março.

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No mês de fevereiro, que segundo tinha previsto o pesquisador, seria o de melhor cenário para chuvas aqui no semiárido do Estado, não choveu em 19 municípios principalmente do Cariri do Estado.

Em janeiro, mês em que foram registradas chuvas mais irregulares, muitas localidades registraram chuvas abaixo da média, a exemplo de Patos, que registrou 45,4 mm na Embrapa para uma média pluviométrica de 65 mm, Sousa registrou apenas 19 mm, para uma média pluviométrica de 80 mm no Dnocs, e Cajazeiras registrou apenas 82 mm, para uma média pluviométrica em janeiro de 100 mm.

A previsão de enchimento de barreiros em muitos municípios do interior do Estado deve se confirmar, mesmo com a irregularidade do período chuvoso esse ano.

A previsão mais importante do pesquisador deve se confirmar pelo 6º ano seguido:

Pouca recarga hídrica para a maioria dos grandes açudes do semiárido paraibano, e especificamente para os reservatórios que abastecem Patos.

Segundo dados do Governo do Estado, os reservatórios que abastecem Sousa e Cajazeiras, têm atualmente em 2018 os seguintes volumes de água:

Açude de São Gonçalo: 8,13 milhões de metros cúbicos de água;
Antes do período chuvoso o reservatório tinha 5,4 milhões de metros cúbicos. Portanto o manancial teve uma recarga até agora de apenas 2,7 milhões de metros cúbicos de água, e pode comportar cerca de 44,6 milhões de metros cúbicos, está com cerca de 18,22% de sua capacidade.

Barragem Lagoa do Arroz: 7 milhões de metros cúbicos de água;
Antes do período chuvoso o reservatório estava com cerca de 4,8 milhões de metros cúbicos. Portanto o manancial teve uma recarga até agora de cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos de água, e pode comportar cerca de 80 milhões de metros cúbicos, está com cerca de 8,8% de sua capacidade.

Açude Engenheiro Ávidos: 14,4 milhões de metros cúbicos de água;
Antes do período chuvoso o reservatório estava com cerca de 8 milhões metros cúbicos. Portanto o manancial teve uma recarga até agora de cerca de 6,4 milhões de metros cúbicos de água, e pode comportar cerca de 255 milhões de metros cúbicos, está com cerca de 5,65% de sua capacidade.

Rodrigo Cézar Limeira (Portal Ciência em Foco)


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Rodrigo Limeira

Rodrigo Limeira

Rodrigo Cézar Limeira
Formado em Física pela Faculdade Chaffic – São Paulo/SP – 2012;
Formado em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2006;
Mestre em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2008;
Físico do NEPEN (Núcleo de Estudos e Pesquisas do Nordeste) de Julho de 2012 à Março de 2015, Editor do Portal Ciência em Foco: (www.cienciaemfoco.com) e Consultor de Clima da Empresa Federal Energia desde Dezembro de 2015.

Rodrigo Limeira

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Rodrigo Cézar Limeira
Formado em Física pela Faculdade Chaffic – São Paulo/SP – 2012;
Formado em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2006;
Mestre em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2008;
Físico do NEPEN (Núcleo de Estudos e Pesquisas do Nordeste) de Julho de 2012 à Março de 2015, Editor do Portal Ciência em Foco: (www.cienciaemfoco.com) e Consultor de Clima da Empresa Federal Energia desde Dezembro de 2015.

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