Gobira: prego batido, ponta virada
Atônitos, muitos cajazeirenses estão se indagando e procurando uma explicação para a “explosão” e aceitação popular da candidatura, do sapateiro Antonio Gobira, para deputado Federal.
Poetas, intelectuais, empresários, a classe média, professores, a juventude e principalmente as pessoas mais humildes e simples de Cajazeiras têm manifestado uma grande empatia pela simpática, humilde e rústica e ao mesmo tempo doce pessoa de Antonio, o sapateiro.
Antonio já estaria sendo comparado a outro grande fenômeno das massas, Bosco Barreto, que arrebatou multidões pelas ruas, vielas e becos de Cajazeiras, que respondiam ao seu grito de guerra: “meus irmãos, meus irmãzinhos”.
Há quem afirme que este fenômeno é uma extensão do movimento “vem pras ruas” vivido no ano passado, intensamente, principalmente pelos jovens, que demonstraram claramente as insatisfações com a classe política e outras mazelas da sociedade.
Outros ainda afirmam que seria um grito de Cajazeiras contra aqueles que só aparecem por estas bandas de quatro em quatro anos, “compram os votos” e depois de eleitos deputados federais não se envolvem com as grandes lutas e bandeiras de seu povo.
O povo parece não querer mais aceitar votar naqueles que aparecem na cidade nas festas carnavalescas ou nos Xamegões, que “empoleirados” num camarote, acompanhados dos “donos do poder local”, acenam de cima, do alto de suas importâncias, como fôssemos apenas um detalhe. Não se misturam e nem sentem o cheiro do povo.
Ou ainda naqueles que se apresentam como “salvadores da Pátria” ao colocarem uma emenda aqui, outra acolá para calçar uma rua, construir um prédio ou luminárias para uma avenida. Tudo leva a crer que o povo está muito mais sedento do calor, da presença, do envolvimento, do comprometimento e da participação nas suas angústias e dores.
Qual deles chorou com o povo quando um comerciante da cidade, depois de assassinado barbaramente, seu corpo, ficou por horas estendido no meio da rua aguardando uma solução? A cidade clamava por um IML. O silêncio predominou.
Qual deles já perguntou ao povo desta cidade o que esta faltando para a conclusão do nosso aeroporto, para a instalação da 5ª Vara, para solução do déficit habitacional, para a urbanização do Açude Grande e outras obras estruturantes para que esta cidade possa ser pujante no cenário econômico e social da Paraíba?
As manifestações que temos visto nas redes sociais e o volume imenso de pessoas que têm falado o nome deste humilde sapateiro, se forem transformadas em votos, quando as urnas abrirem no dia 05 de outubro, poderemos ter uma grande e grata surpresa.
Será que o povo de Cajazeiras encontrou, via Antonio Gobira, um caminho, uma luz, uma voz, que pudesse traduzir sua indignação e protesto? Esta resposta será dada no próximo dia 05 de outubro.
Em tempo: todas estas observações acima foram “transcritas” das redes sociais e da fala do povo nas ruas de Cajazeiras.
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