Falta mais o que?
Embora se conversasse isso abertamente, ainda não se tinha confirmação da suspeita. Após a deflagração da Operação Xeque-Mate com investigações do Gaeco (MPPB) e Polícia Federal (PF), aflorou a verdade: a “renúncia” do então prefeito Luceninha (Cabedelo), na realidade foi venda de mandato. Isso mesmo, o prefeito eleito vendeu por R$ 5 milhões o mandato conquistado nas urnas para o seu vice, Leto Viana.
Falta mais o que (2)? – Pelo menos é o que diz o Ministério Público da Paraíba após oitivas de pessoas implicadas e denunciadas como partícipes do esquema fraudulento. Segundo o parquet, são 26 pessoas denunciadas como envolvidas, entre elas o prefeito afastado de Cabedelo, Leto Viana, sua esposa e vereadora Jacqueline França, o empresário Roberto Santiago, o radialista Fabiano Gomes, entre outros agentes públicos.
Falta mais o que (3)? – Num dos trechos do relatório do Ministério Público onde acusa essas pessoas, lê-se: “Desse modo, identificou-se que no presente evento o então prefeito LUCENINHA vendeu o seu mandato, comprado por ROBERTO SANTIAGO repassado a LETO VIANA, tendo participado das negociações LUCAS SANTINO DA SILVA, OLÍVIO OLIVEIRA DOS SANTOS e FABIANO GOMES DA SILVA.
Falta mais o que (4)? – Em outro trecho da denúncia do Ministério Público, vê-se: “Nesse contexto, registre-se que, em 27 de abril de 2018, acorreu à sede do MPPB o denunciado FABIANO GOMES que, além de confessar sua participação na compra da gestão de Cabedelo, confirmou o que já era evidente: quem de fato administrava o Município era o denunciado ROBERTO SANTIAGO, inclusive registrando que todos os secretários do município seriam por ele indicados ou passavam pelo seu crivo.”
Falta mais o que (5)? – Em sua defesa, o radialista Fabiano Gomes disse que “o desdobramento da operação Xeque-mate, divulgado hoje, me faz reafirmar a confiança absoluta na Justiça e nos aparatos de investigação, os quais procurei, expontanea e antecipadamente – como deve sempre proceder quem nada tem a temer ou a ocultar.”
Política em família – Vocês já notaram quantos parentes de políticos estão na disputa por mandatos nas próximas eleições? É o irmão, o pai, a mulher, o filho, o genro, a nora…, e você, você que vai às ruas com bandeiras e grita os nomes dos candidatos, você só tem servido pra isso, mais nada! Acorda Brasil!!!!
Devagar – Faz 12 anos que o processo do tal ‘dinheiro voador’ do Edifício Concorde, em João Pessoa, está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Ou melhor, estava. Agora, com a mudança na regra do foro por prerrogativa de função (foro privilegiado), o processo recomeçará do zero na primeira instância. Dá pra tu?
Deca – O empresário José Gonzaga Sobrinho (Deca), embora tenha desejado disputar um mandato titular nas eleições deste ano, vai mesmo figurar na condição de 1º suplente do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato a reeleição.
Gobira – O único legitimamente cajazeirense na disputa por uma vaga na Câmara Federal é o sapateiro Antônio Gobira (Rede). Fenômeno de votos em 2014, tendo obtido 48.157 votos e ficando na 15ª. Posição (são 12 vagas), Gobira pode surpreender novamente e, quem sabe, representar Cajazeiras e região na Câmara dos Deputados. Por que não?
Bolsonaro – Nada pessoalmente contra a figura controvertida do deputado Jair Messias Bolsonaro (PSL). Mas, convenhamos, para alguém que tem 27 anos de Câmara dos Deputados e apenas 2 projetos seus aprovados, e quer ser Presidente do Brasil, é muito pouca produção legislativa! Ou não?
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