header top bar

Luiz Adriano

section content

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço

17/03/2021 às 08h28 • atualizado em 17/03/2021 às 08h32

Coluna de Luiz Adriano.

A bíblia – manual de regra, fé e prática de todo cristão ¬– mostra, através do livro de Eclesiastes, que há tempo para tudo nesta vida, inclusive diz que “há tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar”. Contudo, nas eleições 2020, em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitiu que houvesse o pleito, não faltaram abraços, apertos de mãos, visitas domiciliares, enfim, foram tantas aglomerações durante um momento em que todos deveriam estar em casa ou, no mínimo, não tendo contato físico.

Mas, tudo passou, houve as eleições e, consequentemente, aconteceram os acréscimos nos números da Covid-19. Políticos se abraçaram o tempo todo nas petições de votos. Além do mais, no carnaval não apertaram as medidas para que pudesse haver, de fato, mais rigidez e vigilância, e, agora, esses mesmos políticos exigem o isolamento social.

Dessa forma, o que o povo precisa saber é o porquê de tantas flexibilizações em momentos tão cruciais e lógicos, nos quais entendíamos que seria perigoso o contágio e não houve medidas mais firmes. Foram eleições, festas de fim de ano, Enem e o tão terrível carnaval. No entanto, hoje, as mesmas autoridades que se abraçaram nas eleições, apertaram as mãos, visitaram as pessoas, comemoraram as vitórias e que não agiram com rigidez no período carnavalesco pedem que as pessoas se isolem em seus lares, se restrinjam a não irem para as igrejas, em síntese, exigem o ‘ficar em casa’.

Em outras palavras: ‘consertem o que nós não tivemos a competência de resolver’. A verdade é que deixaram a corda solta e agora estão puxando e está doendo, principalmente, na vida dos mais pequenos, daqueles que têm pouca força para suportar tamanha fúria de quem está por cima.

Deram mau exemplo na campanha eleitoral… Por falar em atitude de maus exemplos, lembro do presidente da república, o Bolsonaro. Em suas idas e vindas pelo Brasil, o nobre executivo nacional tem sido uma péssima referência para a sociedade quanto ao uso da máscara, ou melhor, a não utilização dela. Mas, o que percebemos é que essa falha do gestor soberano da nação brasileira não é tão grave se comparada aos milhões ou bilhões tirados dos bolsos dos brasileiros na era PT, entretanto, parece que as coisas passam e muitos esquecem do que aconteceu. Atualmente, as redes sociais são emaranhadas de críticas ao presidente, parece até a série conhecida como “Todo mundo odeia o Cris”.

Em relação a isso, volto a lembrar o provérbio popular: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, pois dizem que as declarações de Bolsonaro são um discurso de ódio, porém, como posso intitular as postagens nas redes sociais que desejam a destruição do executivo? Como definir o discurso de pessoas que desejaram e até hoje almejam a morte dele? É, fica difícil querer expressões de amor do executivo quando eu mesmo não faço uso desse modelo de fala.

Para resumir nosso comentário, fica a dica que Jesus, o grande mestre, nos deixou: “Tira primeiro a trave que está no teu olho para poder tirar o argueiro que está no olho do teu irmão”.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Luiz Adriano

Luiz Adriano

Radialista, Mestre de Cerimônia e graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau em João Pessoa-PB

Contato: [email protected]

Luiz Adriano

Luiz Adriano

Radialista, Mestre de Cerimônia e graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau em João Pessoa-PB

Contato: [email protected]

Recomendado pelo Google: