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Rodrigo Limeira

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Estudioso diz que a crise hídrica deve continuar

15/12/2017 às 16h00

De acordo com o físico e meteorologista Rodrigo Cézar Limeira, até pelo menos o dia 31 de janeiro, a situação dos grandes reservatórios que abastecem as cidades do semiárido da Paraíba, deve se manter crítica. De acordo com o pesquisador, as condições do Oceano Atlântico Sul na altura da costa do nordeste, estão ruins agora em dezembro, e devem permanecer dessa forma, até pelo menos o final do mês de janeiro.

O citado oceano está com temperatura abaixo do normal para a época, além disso, com a La Niña fraca, as perspectivas não são das melhores para o semiárido do estado, já que é necessário muita chuva na região em 2018, principalmente para armazenar muita água nos grandes reservatórios que abascetem as cidades do cariri, sertão e alto-sertão.

Vórtices Ciclônicos estão atuando no semiárido, mas não estão favorecendo a ocorrência de chuvas.

Com a La Niña fraca, entra pouca umidade oriunda das frentes que atuam essa época no sul da Bahia, no interior da Paraíba. Com isso a chuva fica sendo apenas isolada, afirma o estudioso, se a La Niña fosse moderada ou forte, a advecção de umidade seria maior no interior do estado, com isso poderiamos ter chuvas volumosas já agora em dezembro, algo que não deve acontecer em muitas localidades, e ficamos mais uma vez observando as chuvas cairem em poucas localidades no cariri, sertão e alto-sertão pontua.

O papel dos VCANS (Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis), seria de transportar parte dessa umidade, do sul da Bahia para o interior da Paraíba, no entanto, os VCANS que estão ocorrendo nesse final de ano sobre o nordeste, também não estão colaborando, pois em média estão se posicionando de forma a transportar pouca umidade para o interior do estado.

Ou seja, pontua o físico e meteorologista Rodrigo Cézar Limeira: com uma La Niña fraca neste final de 2017, e VCANS em posições desfavoráveis para transporte de umidade para o interior do estado, o saldo é de pouca chuva, muito calor, muita evaporação e continuidade da crise hídrica no semiárido da Paraíba em dezembro.

Em janeiro o estudioso prevê chuvas no interior da Paraíba, mas ainda num padrão muito irregular, e de forma mal distribuída. Em alguns locais poderá chover até acima da média, mas com a grande irregularidade das chuvas no citado mês, a crise hídrica que atinge quase todos os grandes açudes do interior paraíbano vai continuar.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Rodrigo Limeira

Rodrigo Limeira

Rodrigo Cézar Limeira
Formado em Física pela Faculdade Chaffic – São Paulo/SP – 2012;
Formado em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2006;
Mestre em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2008;
Físico do NEPEN (Núcleo de Estudos e Pesquisas do Nordeste) de Julho de 2012 à Março de 2015, Editor do Portal Ciência em Foco: (www.cienciaemfoco.com) e Consultor de Clima da Empresa Federal Energia desde Dezembro de 2015.

Rodrigo Limeira

Rodrigo Limeira

Rodrigo Cézar Limeira
Formado em Física pela Faculdade Chaffic – São Paulo/SP – 2012;
Formado em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2006;
Mestre em Meteorologia pela UFCG – C. Grande/PB – 2008;
Físico do NEPEN (Núcleo de Estudos e Pesquisas do Nordeste) de Julho de 2012 à Março de 2015, Editor do Portal Ciência em Foco: (www.cienciaemfoco.com) e Consultor de Clima da Empresa Federal Energia desde Dezembro de 2015.

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