Encontros e reencontros
Por Reudesman Lopes
Em João pessoa onde passei alguns dias neste início de dezembro, tive a felicidade e um enorme prazer de reencontrar um amigo irmão daqueles “dos tempos da brilhantina”, ele, Antônio Pereira de Souza Neto, Toinho, como assim era conhecido pela turma do CAPE, Clube dos Asilados da Praça do Espinho.
Toinho sempre foi mais que um amigo, na verdade um irmão, daqueles que sempre recorria nas horas de alegria e tristeza, ele também. Era meu companheiro de cinema, de festas, de tomarmos uma lá no Bar do Paulista, em Dão, e vai por aí afora, coisas daquela época.
Meados dos anos 60, acho que foi isso, fui surpreendido com a notícia que Toinho estava de passagem para residir em Brasília onde já estavam os irmãos Sales e Minininho. Pois bem, lá se foi e com ele, um pedaço de mim, mas, vida que segue. Passamos muito tempo sem nenhum contato até que um dia ganhei de Erisvaldo, irmão de Toinho, como contatar com o amigo irmão. Confesso a dúvida, ligo ou não ligo, tanto tempo, mas, liguei e, foi com imensa alegria que Toinho recebeu essa primeira ligação que dai em diante se tornaram rotineiras, diárias.
Agora vem o melhor, nestes papos diários ele me fala que na primeira semana de dezembro estaria com a família, Marisa esposa e o filho Tiago, em João Pessoa para passar alguns dias. E, após quase 50 anos nos reencontramos, imagina a nossa alegria, foi uma conversa de mais de 3 horas, revivemos e reviramos os anos 60, não deu para falarmos de tudo, mas, já combinamos que neste ano que chega, 2022, se Deus quiser, vamos historiar tudo que ainda nos falta. Obrigado a Toinho, a Marisa e a Tiago pelo carinho deste reencontro.
Ainda em João Pessoa, lá estávamos ao lado da esposa Edinilza e da cunhada Edileuza nos preparando para almoçarmos no Mangai quando de repente se aproxima uma jovem e vai me falando: “Professor Reudesman lhe vi e estou aqui aproveitando essa oportunidade para fazer-lhe um agradecimento”. Fiquei imaginando o que viria daquela jovem para que ela pudesse nos agradecer. Ela me olhou, sorriu e disse-me: ”Agradecemos pela sua citação do meu avô no seu livro, História do Futebol de Cajazeiras e que hoje todos sua família o temos como uma lembrança viva dele”. Me desculpe, mas, podia me falar quem é o seu avô? “Sou Gislaine, neta de Toinho do Galo, filha de Jadimar e, adianto ao senhor que já fui sua aluna no Colégio Nossa Senhora de Lourdes”.
A conversa foi fantástica e falei para ela que apesar de não conviver com o seu avô, o meu pai Osmídio Lopes era um grande amigo deste e nas suas conversas comigo sempre falava de Toinho do Galo como jogador do Tabajaras e como treinador de futebol. Imagina a minha emoção destes dois momentos de reencontro e de encontro. Isso não tem preço.
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