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Alexandre Costa

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Educação capenga

28/09/2023 às 14h14

Por Alexandre Costa

Crédito: Reprodução/FGV

O último relatório Education at Glancy [educação em resumo] divulgado anualmente pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde são condensados e comparados os principais indicadores internacionais vinculados à educação, trouxe números preocupantes para o Brasil.

O robusto e detalhado estudo, edição de 2023, apresenta uma apurada radiografia da realidade educacional de quase 50 países membros e parceiros dessa organização. O Brasil bem que tentou, mas ainda não conseguiu entrar como membro da OCDE, o chamado clube dos países ricos, figura apenas como um simples parceiro que anualmente alimenta os bancos de dados dessa organização com todos os indicadores da capenga educação brasileira.

Os números apontados pelo relatório da OCDE são terríveis e expõe a triste realidade da vivida pela nossa educação denotando claramente que estamos no caminho errado que exige uma rápida correção de rumo. Essa triste realidade que falo está explicitado em números estarrecedores que comprometem futuro o futuro da nossa nação: 24% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos nem estudam e, nem trabalham é a chamada geração “nem-nem”, já nos países da OCDE esse índice cai para 14,7%.

Outro dado alarmante divulgado nesse estudo diz respeito aos índices de nossa educação profissionalizante, a porta de entrada do trabalhador no mercado de trabalho. No Brasil apenas 11% dos alunos do ensino médios de 15 a 19 anos estão matriculados em cursos profissionalizantes enquanto entre os países da OCDE esse percentual vai para 65%.

Na verdade, o Brasil vive um paradoxo, investe mais dinheiro em educação do que muitos países que nos superam nos rankings de educação. Investimos 6% do nosso PIB em educação enquanto em países da OCDE a média de investimentos é de 5,5%.

No ranking da educação geral o Brasil ocupa a 53°, posição entre os 65 países avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Resumo da ópera: investimos rios de dinheiro na inclusão de nossos alunos nas escolas, mas não conseguimos entregar um ensino de qualidade e continuamos a apresentar índices sofríveis de desempenho da nossa educação.

A OCDE aponta que a disfuncionalidade da educação brasileira está vinculada a alta concentração de recursos nas universidades que tornou o universitário brasileiro o décimo sexto universitário mais caro do mundo com um custo anual de 15 mil dólares superando países, com níveis de excelência em educação, como Espanha, Portugal e Itália e sugere concentrar prioritariamente investimentos na educação de base focando no ensino fundamental e médio.

Avaliação da OCDE tem consistência e vai de encontro com outro importante estudo realizado pelo Itaú Educação e Trabalho que mostra que se triplicarmos a oferta do Ensino Médio Técnico teríamos um aumento do nosso PIB em 2,32%. Eis uma das saídas para darmos um grande salto para inserimos o Brasil no rol dos países detentores dos melhores índices educacionais do mundo, pena que a nossas míopes autoridades educacionais não enxergam isso.

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Alexandre Costa

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

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