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Saulo Péricles

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E agora João

31/01/2023 às 23h20 • atualizado em 01/02/2023 às 00h23

João Azevêdo na TV Diário do Sertão. Foto: Diário do Sertão

Por: Saulo Péricles Brocos Pires Ferreira – Meus novos leitores. É com grande prazer que aceitei a proposta de Petson Santos e escrever uma coluna para vocês. E sem desmerecer as outras publicações, vou fazer o máximo para escrever uma coluna inédita para cada meio de comunicação.

Sendo esse o primeiro texto, dei uma pesquisada em meus baús e retirei uma situação que de alguma forma se assemelha a atual conjuntura. Corria o ano de 1965 e as eleiçóes para governador do estado estavam eletrizadas, o embate entre Ruy Carneiro e João Agripino era extremamente acirrado, como foi até as apurações e depois delas. Nossa Cajazeiras pendia para o lado de João Agripino, o Jacaré, que num cartaz afixado na Avenida João Pessoa, aparecia devorando um carneiro.

E o candidato nos presenteava de elogios e de mimos pré eleitorais, a ponto de chamar nossa cidade de “sua noiva”, às vesperas das eleições, e se ganhasse iria nos dar as recompensas que um nubente faz à sua amada. Resultado: numa eleição das mais apertadas de nossa História ele venceu por algo em torno de 2.500 votos enquanto a maioria que Cajazeiras lhe proporcionou foi de cerca de 3.000 votos, ou seja, sem a maioria de cajazeiras João Agripino teria sido derrotado. E o que fez o noivo depois de serm os votos apurados com sua “noiva”? sobre obras e benefícios nada, a não ser mandar fiscais cobrarem os impostos estaduais acompanhados de agentes munidos de metralhadoras, enquanto tudo o que podia era mandado para nossa cidade-irmã, Sousa, cujo prefeito era seu sobrinho Antonio Mariz São coisas que quem viveu nunca vai se esquecer, e eu que aos nove, dez anos, vivenciei, e me acho no dever de passar para as gerações futuras.

Corte de meio século. Nosso atual governador eleito, que por acaso também é homonimo do outro, ganhou na sua Capital por menos de 500 votos, e foi derrotado em Campina Grande por uma grande maioria para o nativo: Campinense vota em campinense; e onde ele veio compensar esse fraco rendimento eleitoral no litoral e na Borborema? Aqui no Sertão sem os votos de nós sertanejos ele tambem seria derrotado. Estamos no início de seu mandato, mas é a hora de nossos representantes exigirem a contrapartida de quem lhe proporcionou sua recondução ao Palácio da Redenção.

Espero que tenhamos aprendido com as lições do passado e termos coragem para exigir o que nos é devido pelo fato de o termos elegido. Apresntarmos projetos e exigir que sejam executados, e que nossa região não seja abandonada, mesmo e por’causa do estado avançado em que se encontram as obras da transposição do Sao Francisco.

O asfaltamento da estarda de Engenheiro Avidos, por exempo, já vai para o quinto ano sem conclusão; não tenho conhecimento de quem está à fente dos projetos da Transposição, mas é início de governo e temos que dar o benefício da dúvida.

O que não pode acontecer é que o passado se repita.

Obrigado pelo espaço.

Cajazeiras, 29 de janeiro de 2023.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Saulo Péricles

Saulo Péricles

Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira (Pepe): Engenheiro Mecânico, especializado em engenharia de segurança do trabalho, Advogado, Perito em segurança do Trabalho e Assessoria Jurídica, membro fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

Contato: [email protected]

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Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira (Pepe): Engenheiro Mecânico, especializado em engenharia de segurança do trabalho, Advogado, Perito em segurança do Trabalho e Assessoria Jurídica, membro fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

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