A derrota faz parte, o ruim é se acostumar com ela

Sousa venceu o Atlético por 2 a 1 (foto: Charley Garrido)

Amigos do futebol, domingo dia 18, estivemos ao lado dos companheiros: Arnaldo Lima, Edmundo Amaro, José Neto, e mais uma imensidão de rádio ouvintes da equipe Dona da Bola do Rádio Alto Piranhas. Com a missão de levar aos nossos amantes e queridos torcedores do nosso futebol, a transmissão do jogo clássico do sertão entre o Atlético Cajazeirense de Desportos e o Sousa Esporte Clube. Partida essa que encaminhava ao vencedor a possibilidade de uma chance de classificação para a fase semifinal do campeonato paraibano.

Tudo indicava para um jogo de altíssima qualidade, mesmo que, existam por muitos cajazeirenses e sousenses, pesadas restrições ao futebol apresentados pelos dois maiores sertanejos nesta competição. O Primeiro tempo foi um jogo chato, feio de se ver, onde o goleiro Alencar do Sousa deve ter ficado com pelo menos metade deste tempo com a bola sobre os seus domínios naquilo que chamamos de retardar o jogo. Faz parte? Faz, desde que a arbitragem lhe conceda “a gracinha”. Neste mesmo tempo do jogo, nenhuma finalização concreta ao gol de ambas as equipes. As bolas direcionadas eram sempre muito longe do gol e Jeferson bem como Alencar, sequer sujaram as suas vestes.

O Atlético levado na força da sua torcida, pecava em dois quesitos, passe de bola, quase 90% errados e na individualidade dos seus jogadores, cada um deles queria a bola apenas para si. Lógico que, a qualidade do primeiro tempo, se avaliado, seria uma nota 0. A segunda etapa começa como se esperava, mesmo desorganizado e desorientado o Atlético foi para cima do Sousa, a partida vai andando como se fosse um treino de ataque contra a defesa, começava então, mais uma vez, o show de incompetência, na pontaria, isso na cabeça e nos pés dos atacantes do Atlético, Renatinho perde um só ele e a trave, Mauá, perde mais um de cabeça, depois chega atrasado em outro, o tempo passando e o desespero chegando, ninguém guardava mais as suas posições, e ai acontece o que cantávamos o tempo todo, o Sousa jogava por uma bola, ela apareceu, o Dino não perdoou, bola na “caçapa” do goleiro Jeferson, mas, antes disso, Poti já quase fazia para o Sousa.

O Dinossauro foi cirúrgico. Ai começou o grito da arquibancada, “Time sem vergonha”. Fim do jogo, segue o drama atleticano, um time que se acostumou com as derrotas, que não honra o esforço de uma diretoria que fora de campo se dignifica em ter dado a todos estes jogadores e sua comissão técnica uma estrutura fenomenal. Pena que “estrutura” não entra em campo e também não ganha jogo.

Desabafo

Ao sair do Colosso após a partida em que o Atlético fora derrotado pelo Sousa, um torcedor, desabafou: “Professor esses jogadores com salários em dia, mordomia total, e não jogam nada. Naquele tempo, os jogadores com salários atrasados, comendo arroz e feijão com ovo, vindo a pé da concentração até o Perpetão, jogavam bem demais e fomos campeões. Tava na hora da diretoria atual atrasar os salários não?” Como se vê, a galera não perdoa o péssimo futebol que vem sendo jogado pelos jogadores do Trovão. Também meus amigos, paciência tem limite e ela, a tempo, se foi com esse futebolzinho medíocre que o Atlético vem jogando a cada partida.

Dispensados

Em coletiva para anunciar os procedimentos que estão sendo adotados para identificar os indivíduos que atacaram a sede dos jogadores do Atlético na noite da segunda feira 19, Neguim anunciou dispensa de quatro jogadores, são eles: Jorge Mauá que chegou com status de goleador e decepcionou; Jô Boy, outro que foi péssimo atleta, Thiago Almeida uma decepção total e Michel que indicado pelo treinador Índio Ferreira sequer entrou em qualquer jogo do Mais Querido do Sertão. Neguim também falou que o time tenta acertar a contratação de três reforços para o meio campo e ataque do time atleticano.

BOLA DENTRO

Para Lanzinho ex atacante do Atlético que no dia 20 fez aniversário. Parabéns meu amigo, saúde e paz. Seus gols andam fazendo muita falta ao Trovão. Você merece a NOTA 10!

BOLA FORA

Para a onda de violência que chegou aqui no nosso futebol. Nada justifica a agressão a jogador ou a qualquer cidadão. Existem meios legais e pacíficos para os protestos. Isso merece a NOTA 0”

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Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]