De olho nas mudanças
Os acenos do Planalto e do Congresso na perspectiva de alterações na legislação eleitoral têm gerado um ambiente de cautela entre os políticos, principalmente no que diz respeito às acomodações partidárias, pois muitas decisões daqui pra frente vão depender das novas regras que estão sendo discutidas para serem votadas.
É importante registrar que pouca gente acredita em mudanças profundas, mas a pressão das ruas pode levar o Congresso a aprovar a reforma política, priorizando, notadamente, a questão do financiamento de campanha e alguns pontos da relação entre os partidos políticos, tais como: fim das coligações na eleição proporcional, criação de novas siglas e fidelidade partidária.
O quadro ainda é de incertezas, porque os pontos postos para o debate são muito polêmicos, e isso tem deixado a classe política na expectativa das possíveis mudanças. Esse cenário, aliás, está muito presente nos estados e municípios, onde já há muitas projeções em torno das eleições de prefeito e vereador de 2016.
Na Paraíba, há algumas situações que se enquadram nessa realidade de efervescência política. É o caso, por exemplo, do deputado sertanejo José Aldemir Meireles. Filiado ao PEN e pertencente à bancada oposicionista na Assembleia, ele ficou numa situação incômoda depois que viu o seu partido aderir à base de sustentação do atual governador.
O parlamentar já assegurou que não mudará de posição, permanecendo fiel à decisão popular, mas admite, abertamente, a possibilidade de mudar de legenda, e vai esperar a reforma política que se anuncia. Experiente na vida pública, ele sabe de todos os riscos que corre, e deverá esperar o tempo certo para tomar qualquer decisão.
Pois bem, nessa mesma situação de Aldemir tem muitos agentes políticos na Paraíba e em outros estados, na expectativa, portanto, da tão propalada reforma, que tanto foi postergada, mas que poderá, agora, ser levada à votação no Congresso, diante dessa onda de fatos que a cada dia agitam o momento político nacional.
A verdade é que as alterações discutidas para o atual modelo eleitoral vão, certamente, mexer com a estrutura partidária do país, com muitos desdobramentos nos estados e municípios. No caso particular da Paraíba, tem muita gente de olho na movimentação de Brasília.
Chuvas e açudes
As chuvas caídas no final do mês de março mudaram o cenário da região, gerando um novo alento, principalmente para a população que sofre com a escassez de água. Os reservatórios que abastecem as cidades, a exemplo de Engenheiro Avidos e Lagoa do Arroz, registram um pouco de recarga, mas ainda estão com volume crítico. As novas previsões da meteorologia para o mês de abril, reveladas por Adalberto Nogueira são animadoras.
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