Controle ou vivência democrática?
As aleivosias do presidente do Brasil, ao anunciar, no Congresso Nacional, mais um pacotes de medidas de desmonte de serviços públicos essenciais à população, se auto proclamando um democrata soa como desvario, delírio. A afirmação vem com o complemento de que é um democrata por nunca sugeriu o controle social da mídia.
Atribuo esse desvario a uma maldade política orquestrada de forma planejada e intencional. Não partilho dos que, buscando razões para sua irresponsabilidade eleitoral, suspende à condição de loucura os atos políticos do presidente e sua equipe de governo. Loucos, em minha terra, rasgam dinheiro ou amassam …
Ora, como o controle social da mídia pode ser considerado uma política de exceção, um ato de censura ou de autoritarismo?
O controle social da mídia, grosso modo, é tão somente a instituição de dispositivos e ferramentas que, partilhados e compartilhados pelo poder público e sociedade civil organizada, propõem e pensam mecanismos, ferramentas e políticas de exercício dos meios de comunicação, em suas múltiplas e variadas configurações.
Mecanismos, ferramentas e políticas que buscam estabelecer uma relação minimamente respeitosa e ética entre a notícia e seus protagonistas. Assim, amplia-se o controle sobre as deturpações, as parcialidades, as paixões pessoais e, sobretudo, as “fakenews”, que tem se convertido na moeda de troca do momento, criando fatos, condenando sem provas, produzindo e inventando estórias que, repetidas com recorrência em mídias materiais e virtuais, ganham escopo de verdade.
O controle social da mídia também não é invenção de ditadores sanguinários, virulentos, desvairados.
Ele surge e é experimentando em países e nações onde o avanço do estado democrático de direito vai consubstanciando uma convivência com menos traumas possíveis entre os interesses, irreconciliáveis, do capital, com o lucro como alvo central, e as demandas da sociedade, marcadas por exercício de direitos sociais que lhes permita a prestação, pelo Estado, de serviços de saúde, educação, segurança, proteção ao trabalho, aposentadoria.
A intencional ignorância política do presidente que, a ausência de um controle social da mídia permite classificar como loucura, vai afundando o nosso país em um lodaçal de retrocessos e danos irrecuperáveis.
O mais recente desses dolos foi o leilão do pre-sal e a entrega, a preço de banana em fim de feira, de nossa soberania.
Ah… e antes que digam que esse essa história de controle social da mídia é papo de petista ressentida e com dor de cotovelo, ou que está na “fossa”, como diziam em meus ido tempos de juventude, me mostrem um kit gay trabalhado em escola como material didático, me mostrem a escritura do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia em nome de Luís Inácio Lula da Silva, e, mais recentemente, me convençam da vantagem do leilão do nosso pre-sal, antes nosso orgulho de construção de soberania, com a garantia legal dos investimentos em saúde e educação. E agora, apenas preposto para grandes empresas multinacionais.
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