Constância Uchôa: poetisa cajazeirada escondida no RN
Por José Antonio
“Descobri” Constância através da escritora Teresa Paiva de Oliveira, que é sobrinha de minha esposa, Antonieta, quando estava concluindo um livro, recém-lançado, “Verás que um filho teu não foge à luta”, aonde fez um belo e emocionante prefácio, cujo título “A morte está enganada, eu vou viver depois dela”, ficou evidenciado o seu talento e beleza ao se manifestar através do que escreve, seja em verso, crônica ou prosa.
Constância é filha de Edilson Uchoa (in memorian), que jogou futebol no Atlético de Cajazeiras e seu avô, Onésimo Uchôa, era ferroviário da Rede Viação Cearense e tem uma tia, Edilza, que também é poetisa, casada com Silvio do Posto, e uma prima, Fátima Uchôa, que foi radialista em Cajazeiras e hoje apresenta a Voz do Brasil, em Brasília, e com certeza, todos que possuírem o sobrenome “Uchôa”, residente em Cajazeiras, são seus parentes.
Nas nossas inúmeras conversas, desde o mês de março, uma delas foi sobre Pacelli Gurgel (in memorian), que foi seu professor de História, em Mossoró, RN, depois professor da UFCG, Campus de Cajazeiras, e teria sido ele o responsável por descobrir e incentivar o seu dom e o poder de construir poesias. “Era um professor que emocionava que fazia valer o nosso valor e capacidade”, disse-me Constância.
Constância reside em Caicó, depois que seu pai passou num concurso da Companhia de Água do Rio Grande do Norte e trabalhou inicialmente em Macaíba e depois foi para Caicó, onde se casou.
Constância é formada em Direito pela UNP-Universidade Potiguar, e Trabalha na Justiça Federal e tem uma presença permanente na vida cultural do Rio Grande do Norte.
Em uma entrevista ao Oeste em Pauta, se define assim, “Vejo o mundo com leveza e a poesia na minha vida flui de um jeito leve, falando sobre minhas vivências, sobre o que observo ou sinto. Sempre foi assim, sempre gostei de escrever no guarda-roupa e até em balões de aniversário, para as pessoas serem surpreendidas com frases de afeto, então, nunca houve aquele estalo num momento específico de dizer que sou poetisa. Eu vivo do sopro da inspiração. A inspiração é essencial. É preciso que haja a inspiração, porque a poesia vem de dentro pra fora. Ela primeiro é sentida e depois gerada, para ser levada ao público”.
Em uma poesia, dedicada a Machado de Assis, a quem considera um dos ícones da literatura brasileira, em um dos versos de sua lavra, assim se expressa:
“Mergulhado na incerteza
De escrever quase que santo
Cada frase um sacramento
Bento na cor de seu pranto
Mas Machado é tão profundo
Que percorreu todo mundo
Sem sequer sair do canto”
Ela, junto aos amigos, diz que é uma eterna apaixonada Cajazeiras e que seu coração é dividido em duas partes: um lado é caicoense e o outro é cajazeirense.
Fiz chegar até ela o livro “Patrono & Patronesses”, da Academia Cajazeirense de Artes e Letras, bem como para seu irmão Uchôa, que é professor universitário e ficou surpresa com os avanços de Cajazeiras no setor cultural.
Cajazeiras estará sempre pronta para lhe receber e “se emocionar”, como me disse, ao ver o Cristo Redentor de braços abertos e nesta sua vinda queremos nos emocionar também com uma apresentação sua para declamar os seus versos, já que você é dotada de extraordinária capacidade de emocionar quem lhe escuta.
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