Colégio Comercial – A Dinâmica da sua História
Numa pequena casa com varandas de madeira funcionava a Escola Técnica de Comércio de Cajazeiras, fundada em 02 de Dezembro do ano de 1951, a renomada Escola de Ensino Médio Monsenhor Constantino Vieira, popularmente, o Colégio Comercial. Este dueto que não é de instrumentos musicais, mas de nomenclaturas atribuídas à escola é resultado da diversificação de modalidades de ensino ministrada na mesma com a finalidade de atender as necessidades no campo educacional na terra do Padre Rolim.
A Escola Técnica de Comércio de Cajazeiras tinha o objetivo de preparar jovens para atuarem no mercado de trabalho, traduzindo assim o crescimento econômico visto que a cidade entrava na rota do empreendedorismo comercial. As sementes do saber estavam sendo plantadas através dos conhecimentos técnicos preliminares, oferecidos aos alunos que sentavam nos bancos da referida escola num momento em que a palavra educação estava fazendo parte do contexto de uma minoria da população.
A Escola passa a integrar o Sistema Municipal de Ensino com com o curso Técnico em Contabilidade atendendo as inovações da política de implantação dos cursos profissionalizantes do Sistema de Ensino Brasileiro, através da Lei 5692/71 na qual os métodos e técnicas educacionais objetivavam um ensino dentro das diretrizes curriculares estabelecidas pelo MEC. Em 1991 com a reforma do ensino profissionalizante no país, o Colégio comercial passa a pertencer ao quadro da Rede Estadual de Ensino da Paraíba com o nome de Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Constantino Vieira.
Precisamente, até a metade dos anos 90 a escola funcionava com duas modalidades: o ensino fundamental e o profissionalizante, sendo que depois passou a funcionar paralelamente o ensino médio e não profissionalizante, uma vez que conforme portaria do MEC o ensino profissionalizante ficaria a cargo das Escolas Técnicas Federais, tendo o Comercial a incumbência de concluir o curso das turmas no nível técnico e ao mesmo tempo estava sendo implantado o ensino médio(científico), respeitando portaria da Secretaria da Educação e do MEC.
Da década de 90 até os dias atuais a Escola Monsenhor Constantino Vieira vem se destacando através da participação nos projetos veiculados pela Secretaria de Educação do Estado e também criação de Projetos de Ensino na própria escola partindo de situação-problema visando minimizar as dificuldades de aprendizagem dos seus educandos. Atualmente, a escola vem primando por um ensino voltado para a preparação dos(as) alunos(as) na aprovação nos sistemas de Avaliação Nacional (ENEM) ou vestibulares, facilitando o ingresso dos mesmos no ensino superior.
A História da Escola Monsenhor Constantino Vieira apresenta uma trilogia brilhante na trajetória da sua existência. A começar pela fundação de uma escola mantida financeiramente pelos alunos que nela estudavam passando a ser considerada o berço do ensino profissionalizante no âmbito comercial e empresarial cajazeirense. As fases de configurações como escola da Rede Pública Municipal e Estadual apresentam caracterizações específicas de cada época, isto faz com que a mesma se destaque no cenário educacional através de contribuições de um trabalho pedagógico a serviço do crescimento intelectual do alunado e consequentemente importante parcela no engrandecimento e progresso da sociedade como um todo.
A Escola Monsenhor Constantino Vieira já passou por reformas no seu interior, mas a fachada da frente permanece com as características da época em que a mesma foi construída, apresentando uma arquitetura moderna do século XX na qual as barras verticais de concreto que separam as janelas retratam a arte cubista. A saliência do teto do térreo produz uma ilusão de que o prédio fica quase que flutuando no ar formando um grande retângulo que enfeita a paisagem urbana da Avenida Padre Rolim.
Através de uma interpretação artística, a arquitetura pesada, forte e muito resistente e ao mesmo tempo quase que flutuante revela a subjetividade de que o ensino é algo imaginário, abstrato que ao acontecer a aprendizagem, as grandes edificações são construídas na memória dos educandos e sendo concretizadas através da prática do conhecimento dos mesmos na vida. É exatamente no recuo que fica embaixo da referida fachada que se encontra a porta principal da escola por onde alunos passam ansiosos na busca do conhecimento.
As escadas simbolicamente retratam a ideia dos sonhos de jovens perseverantes e de educadores que através do exercício do magistério buscam na didática, nas metodologias, nas técnicas de ensino e nos recursos tecnológicos ministrarem aulas despertando o interesse do alunado e consequentemente o seu crescimento no campo do saber. As rampas traduzem o respeito às diferenças e dão condições não só de acessibilidade de espaço físico, mas oportunidade ao educando de desenvolver seu potencial e sentir-se valorizado na sociedade.
Comemorar a data de fundação de uma escola é compreender e enxergar na mesma o caminho e o desbravamento de outros mundos é o descortinar de novas mentalidades afinal, são as luzes do conhecimento que não se apagarão. O grupo de gestores, coordenação pedagógica, professores, funcionários alunos e pais de alunos celebram com grande júbilo o aniversário de fundação da Escola Estadual Monsenhor Constantino Vieira, o popular Comercial. Parabéns!
Professora Maria do Carmo de Santana
Cajazeiras – Dezembro de 2016
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