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Edivan Rodrigues

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Cinco anos de colaboração

06/08/2009 às 18h35

Por Francisco Cartaxo

O jornal Gazeta do Alto Piranhas circula há dez anos e meio, graças à tenacidade de seu fundador. De vez em quando, José Antônio de Albuquerque introduz pequenas mudanças na diagramação. Poderia até ser mais ousado. Isso porém é outra história. O jornal expressa suas preferências políticas e ideológicas em matérias de responsabilidade da redação ou em artigos assinados pelo seu diretor. É assim na mídia do mundo inteiro, seja imprensa, radiofônica, televisiva ou via internet. Portanto, nada de estranho ou anormal.

Como leitor nem sempre concordo com as posições assumidas pelo Gazeta. Posições às vezes filtradas nas entrelinhas. Mas em tempo de campanha eleitoral a alma do jornal se derrama em suas páginas. Nada me surpreende porque conheço a postura de muitos jornais, sobretudo, daqueles com os quais travei estreito contato na condição de colaborador: Jornal da Bahia, (Salvador), O Povo e Diário do Nordeste (Fortaleza) Gazeta Mercantil NE e Jornal do Commercio (Recife), O Norte (João Pessoa), em épocas e circunstâncias distintas. Nessas experiências era visto com respeito. Sempre. Aliás, eu mal conhecia o diretor de redação, salvo do jornal O Povo, quando Blanchard Girão me tratava além da conta e abria espaço para conversas proveitosas. Até mesmo acerca de suas próprias dificuldades à frente da redação daquele importante jornal cearense.

Por que todo esse papo? Para festejar os cinco anos de colaboração. Quer dizer, cinco anos que escrevo sem ininterrupção desde o número 292, que circulou em 16 de julho de 2004. Antes só o fizera esporadicamente. Minha relação com o Gazeta mudou quando, ao queixar-se da falta de colaboração regular, Zé Antônio me desafiou. No prédio da Rua Coronel Justino Bezerra, 41, tivemos um diálogo mais ou menos assim: o jornal está aberto para você, me disse, escreva um artigo por semana. Desconfiado, perguntei, posso abordar qualquer assunto? Zé Antônio respondeu de pronto, Frassales, você tem total liberdade de expressar o que bem entender.

Cinco anos depois, recordo a cena e a desconfiança que então me envolveu. Sai de lá segredando aos meus botões, vou testar a isenção do filho de “seu” Arcanjo. Nasceram assim os primeiros artigos sob o título geral de “Memória das eleições de 1982”, que chegaram a vinte. Mais tarde, aqueles artigos me induziram a feitura do livro “Do bico de pena à urna eletrônica”, escrito em 2006, hoje esgotado, a não ser um ou outro exemplar perdido em livrarias do Nordeste.

A desconfiança tinha origem em divergências ideológicas e políticas que sempre tivemos, Zé Antônio e eu. Hoje, passados cinco anos, posso dar este testemunho. Jamais fez insinuação de inibir, no todo ou em parte, minhas opiniões. Mesmo discordando de muitas delas, bem sei. Faço esta confidência com prazer. O mesmo prazer que me dá ocupar este espaço, todas as semanas. E a partir de 4 de maio de 2008 de ver publicado o mesmo texto na coluna Opinião do Portal www.diariodosertao.com.br. É bom saber que ele corre o mundo via internet. Excelente maneira de não sair de Cajazeiras, mesmo residindo em Pernambuco.

Edivan Rodrigues

Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

Contato: [email protected]

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Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

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