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Saulo Péricles

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China ou Estados Unidos?  Brasil! 2.0

27/06/2024 às 16h25

Coluna de Saulo Péricles - Foto: © Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

Por: Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira – Continuando a análise da potencialidade de nosso país, nós temos que fazer uma dissertação sobre nossas potencialidades, bem como de como se estamos lidando com essa situação muito controversa. Vamos primeiro fazer um estudo muito superficial sobre nossas potencialidades, algumas já confirmadas. Sabemos que o cerrado na sua maior parte é capaz de produzir duas safras anuais, a safra e a safrinha. Havendo como houveram e estudos desenvolvidos pela Embrapa do DF, que teve com resultado o manejo das terras antes consideradas improdutivas do cerrado, com a correção de seus solos corrigidos com calcáreo,e as culturas que podiam se desenvolver em regime de rotação de culturas, e como as terras do cerrado do Centro Oeste são bastante planas, elas se prestam muito bem para a agricultura, e as terras acidentadas, os “chapadões”, são destinados à pecuária, com boa produtividade. Isso foi bastante aproveitado pelos gaúchos e descendentes de japoneses, que preferiam comprar terras mais baratas ao norte, que ter que dividir as terras do Sul e transforma=las em minifúndios improdutivos. Assim, se foi sendo ocupado o cerrado goiano dos de Mato Grosso, Maranhão, e chegando até ao cerrado piauiense, e ainda tendo muito cerrado a ser ocupado.

Tanto é, que grupos de agropecuaristas de outros países já se encontram no nosso cerrado, desde a Bahia até o maranhão, produzindo a soja, o milho, o arroz e o algodão, tudo utilizando as mais modernas técnicas de cultivo, isso aqui no nosso país, e ainda existem lugares a serem ocupados, sem ter de desmatar grandes áreas. E com o desenvolvimento das pesquisas, existem muitas técnicas e culturas a serem desenvolvidas no nosso cerrado, e em condições mais favoráveis do que nos países do hemisfério norte, em que não se pode impedir o inverno.

Vamos à Amazônia. A maior floresta tropical do mundo ainda engatinha nos estudos dos produtos que podem servir com iguarias para consumo, como foi o caso do açaí, que teve seu  desenvolvimento pelo trabalho dos descendentes de japoneses que foram para ocupar aquele enorme espaço com muitas potencialidades escondidas em suas matas. Temos que desenvolver nossa floresta ao nosso modo, respeitando sua diversidade e suas peculiaridades. Há o que ser descoberto na Amazônia por muito tempo, até por séculos.

E vamos para a única e mais esquecida região de nossa nação. O Nordeste Brasileiro, o único ecossistema totalmente brasileiro, que sempre se achou ser o maior problema de nossa nação, mas mesmo ali, a par de esse ecossistema somente ter 8% de seu território preservado, o que o que realmente o Nordeste carece, é proteção e sobretudo, de estudos sobre essa região, que é a região semidesértica mais povoada do mundo. O grande problema é que nós que nascemos lá, não damos à nossa terra o devido valor, oque ela merece. Nascemos lá, tivemos nossa educação e criamos nossos valores de viver sem grandes ostentações ou mesmo tendo carência, aprendendo a dar valor ao pouco, que nos vai trazer uma forma de viver baseada na resiliência, e depois de alcançarmos os objetivos que nos propusemos, muitas vezes fora de nossa cidade ou região, e no mais das vezes, fica sempre o velho ditado: Nascer lá, morar longe, sentir saudade…

Se todo nordestino que se formou aqui, viesse com um projeto para um estudo, investimento, ou ideia nova que favorecesse o nossa região, já teríamos nos livrado da pecha de sermos os “parasitas da nação”.

Clima quente? Somos uma das maiores potências fotovoltaicas do mundo. O Nordeste, mesmo do jeito que está, ainda temos 1/3 da biodiversidade da Amazônia. Flora e fauna completamente adaptada a nosso clima, mas ao invés de desenvolvermos, ficamos do lado dos que querem extingui-la. Temos a segunda maior ave do mundo, a ema, perfeitamente adaptada à caatinga, mas ficamos importando avestruzes. E isso é apenas uma amostra insignificante do universo muitifacetado de nosso bioma.

Não é que não temos valor, é que não damos a nós mesmos o valor que temos e ficamos =na condição de subalternos de alienígenas, te=anto o Nordeste, como o Brasil.

Recife, 16 de maio de 2024.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Saulo Péricles

Saulo Péricles

Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira (Pepe): Engenheiro Mecânico, especializado em engenharia de segurança do trabalho, Advogado, Perito em segurança do Trabalho e Assessoria Jurídica, membro fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

Contato: [email protected]

Saulo Péricles

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Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira (Pepe): Engenheiro Mecânico, especializado em engenharia de segurança do trabalho, Advogado, Perito em segurança do Trabalho e Assessoria Jurídica, membro fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

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