Carta aberta ao senador Raimundo Lira e aos deputados

A posse do cajazeirense Raimundo Lira no Senado Federal ocorrida no último dia 22 assinala uma data importante no calendário político de nosso município. Há muito tempo sonhávamos com esta conquista. Passaremos a ter, no Congresso Nacional, uma voz para defender os grandes pleitos de nosso povo.

No cenário estadual continuamos com dois representantes e melhor não poderia ser: um na situação e outro na oposição e este fato faz-nos lembrar a presença firme e forte de Bosco Barreto, que mesmo na oposição, da tribuna da assembléia legislativa se tornou uma voz altiva e forte na cobrança das ações de governo para a nossa cidade e talvez tenha realizado uma ação parlamentar tão proveitosa e fecunda quanto a do deputado Edme Tavares, que era da situação.  

Todas as vezes que Bosco ocupava a tribuna, o governador Ivan Bichara, tremia e ficava preocupado e mandava logo em seguida atender as suas cobranças e reclamações.

Muito embora alguns entendam que o “prestígio” de um deputado estadual não seja igual ao de um deputado federal, que dispõe de recursos para “distribuir” com os municípios, mas a tribuna da assembléia é o pulpito mais legítimo e muito mais próximo para as cobranças dos anseios do povo.

Cajazeiras precisa realizar um encontro destas três forças: Lira, Jeová e Zé Aldemir e através de um seminário, que seria realizado pela sociedade civil organizada para debater sobre o futuro e quais os caminhos deveremos trilhar, quais as ações a serem empreendidas na busca da concretização dos grandes projetos que todos nós desejamos e sonhamos um dia vê-los realizados.

Não podemos e não devemos cruzar os braços, principalmente por questões político-partidárias para reunir estas lideranças que detêm mandatos, por mais que existam interesses diferentes em função das suas posições ideológicas e políticas e cobrar deles o empenho para que se envolvam e defendam os interesses de nossa cidade. 

A partir deste encontro devemos definir as prioridades e começar a trabalhar.
 
Curso de Medicina
O Ministério da Educação (MEC) avaliou a qualidade de 27 cursos de medicina do País, entre eles cinco graduações em universidades federais. Esses cursos obtiveram nota 2 no indicador de qualidade de curso (CPC) divulgado nesta quinta-feira (18), considerada insatisfatória, entre os cursos está o da Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras.

O Conceito Preliminar de Curso (CPC) é um índice feito anualmente pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) com base no desempenho dos estudantes no Enade, nas condições de infra-estrutura do curso e na formação do corpo docente, entre outras coisas. As notas vão de 1 a 5, sendo que 1 e 2 são consideradas avaliações insatisfatórias. 

O grande culpado desta avaliação preliminar negativa é do próprio governo, pois paga muito mal aos professores a exemplo do que aconteceu com o médico Léo Abreu, que não poderia acumular dois vínculos, pediu demissão da função de professor, onde estava ganhando apenas cerca de dois mil reais, para assumir outro emprego onde ia ganhar três vezes mais. Como é que um médico vai ser professor com dedicação exclusiva, como o MEC quer e exige para que a avaliação seja boa, ganhe apenas cerca de seis mil reais por mês? Nos dias atuais não se pode trabalhar apenas por amor a causa.

Quando afirmo que a culpa é exclusiva do governo ainda ponho em sua conta a construção do Hospital Universitário com 200 leitos que atualmente se encontra apenas no papel. 

Portanto, não existe nada de REPROVAÇÃO como foi anunciada por parte da imprensa do Estado, mas sim de uma AVALIAÇÃO PRELIMINAR, que acredito será melhorada na próxima vez, já com a contratação de mais professores e da construção do novo HU. Que as aves de agouro desapareçam de nosso caminho!
 

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José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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