Carlos Antonio começou a jogar politicamente
O ex-prefeito de Cajazeiras, Carlos Antonio, que vinha muito calado nos últimos tempos, para não demonstrar publicamente que é ele quem dá as ordens na gestão municipal, resolveu mudar de estratégia e, como bom jogador no tabuleiro da política, testou esta semana duas de suas jogadas.
Na primeira, ele criticou os vereadores da oposição, que vêm fazendo, de forma reiterada, denúncias contra a administração da prefeita Denise Oliveira, gerando desgaste na gestão, numa tentativa de atrair para si o debate com os referidos parlamentares, tirando do foco os desmantelos da administração de sua esposa.
Pelo menos durante esta semana que se finda, Carlos Antonio conseguiu seu objetivo, pois desde a sessão da terça-feira, que os vereadores voltaram suas baterias contra o ex-prefeito e nada falaram sobre a administração de Denise. Como Carlos Antonio não é candidato a nada, em virtude de sua inelegibilidade, aparentemente não tem nada a perder nessa sua jogada.
Na outra ponta, a estratégia do ex-prefeito é tentar escolher o adversário para a eleição de 2016. Ao mirar em Antonio Gobira, rebuscando denúncias antigas, Carlos Antonio deseja levantar o nome de Gobira, a partir da polarização que objetiva travar com o pré-canditado do PSOL e, com isso, tentar diminuir o impacto do nome de Zé Aldemir, que não sai da mídia, como provável candidato da oposição e, conseqüentemente, como adversário político do grupo de situação.
Na sua analise política Carlos Antonio sabe que uma candidatura de Zé Aldemir, pelas oposições, terá um poder devastador no seu grupo, já que o deputado tem a possibilidade concreta de atrair um contingente importante de eleitores, atualmente ligado ao grupo situacionista, que são a ele vinculados pela força do serviço prestado.
Para Carlos Antonio se expor da forma que fez, uma coisa é certa, ele tem pesquisas que mostram justamente a fragilidade nos pontos que ele resolveu reforçar e, como é do seu estilo, tenta fazer isso bombardeando.
O perigo é Carlos Antonio ter que respaldar o processo de reeleição de sua esposa amparado na sua força política, que já não é a mesma e cujo modelo se assemelha a tudo que a sociedade vem rejeitando nas ruas, justamente porque o governo de Denise não vem fazendo sequer o dever de casa.
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