Cajazeiras: riscos e desafios na saúde
Por José Anchieta
Em meio à grave crise hídrica que atinge o município e à região, os cajazeirenses têm externado muita preocupação com a possibilidade de avanço das doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika vírus, principalmente, agora, quando já há estudos reconhecendo a relação entre essa doença e os casos de microcefalia, registrados em vários estados do Nordeste, incluindo a Paraíba.
De acordo com dados da própria Secretaria de Saúde do Estado, revelados há alguns meses, Cajazeiras é uma das cidades paraibanas com alto índice de infestação do mosquito, e com sérios riscos de uma epidemia, o que exige uma atenção especial dos órgãos competentes.
Esse quadro tem, inegavelmente, gerado um clima de apreensão na população, que teme o alastramento da dengue e das outras doenças provocadas pelo Aedes, principalmente com a chegada das primeiras chuvas da próxima quadra invernosa. E se não bastasse, já há outra preocupação com a Leishmaniose (calazar), que continua se alastrando e fazendo vítimas.
Na edição passada, o Gazeta expôs esse problema mais uma vez, chamando a atenção das autoridades para a sua gravidade. Somente este ano, segundo a matéria, cuja fonte foi o próprio Setor de Zoonose do município, já são 261 casos registrados em cães, sem se falar nos casos que ainda não foram notificados. E o pior: 11 pessoas infectadas pela doença na cidade e dois óbitos de idosos.
E essa, caros leitores, não é a primeira vez de registro de mortes por calazar em Cajazeiras. Entre 2011 e 2012, por exemplo, foi constatado um alto índice de infestação do mosquito transmissor da doença, no bairro Cristo Rei, zona leste da cidade, vitimando, fatalmente, duas crianças. De lá pra cá, novos casos foram registrados em crianças e adultos, e que, felizmente, foram curados.
Pois bem, a sociedade de Cajazeiras está inquieta diante desses problemas, que se constituem em verdadeiros desafios para a saúde pública. As famílias estão expostas e preocupadas, e exigem uma posição das autoridades da área. Não se tem conhecimento, até o momento, de nenhum pronunciamento oficial sobre esse e outros desafios.
Espera-se que alguma coisa seja feita, que algumas medidas sejam colocadas em prática com mais eficaz, para se evitar situações totalmente fora de controle. E, nesse sentido, além das ações do poder público, que são indispensáveis, é importante também o envolvimento da própria população, evitando certos hábitos que contribuem para o avanço dessa e de outras epidemias.
Marco na educação
A comunidade escolar do tradicional Colégio Comercial Monsenhor Constantino Vieira está festejando, esta semana, com vários eventos sociais e culturais, os 64 anos de existência desse estabelecimento de ensino, que tem se constituído, ao longo do tempo, numa importante coluna educacional na terra do Padre Rolim. Direção, corpo docente, funcionários, e alunos, comemoram a data com muita razão.
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